A morte de mães, recém-nascidos e crianças está diretamente ligada à condição social das mulheres. Quem afirma é o coordenador do Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal, Adson França. “A mortalidade de recém-nascidos e materna está muito vinculada à baixa escolaridade da mulher, à renda que não ultrapassa na maioria absoluta das mulheres a dois salários mínimos e está vinculada ao aspecto de acesso aos serviços”, comentou o coordenador, em entrevista à Agência Brasil em março.
Para França, a realização das consultas pré-natais são de fundamental importância para evitar as mortes. Nesse quesito, informou, o Brasil está próximo da meta considerada ideal pela Organização Mundial de Saúde (OMS): são realizadas em média 5,1 consultas para cada gestação. A meta da OMS é de seis consultas durante a gravidez.
Segundo o coordenador, no ranking das principais causas da mortalidade neonatal estão problemas circulatórios e respiratórios; prematuridade e baixo peso, infecções no parto e hemorragia. No caso das mães, as principais causas são a hipertensão arterial, hemorragias, infecções no parto e complicações por aborto.
A quantidade de mortes é maior nos estados das regiões Norte e Nordeste do país. Já o Centro-Oeste, o Sudeste e o Sul do país apresentam índices satisfatórios. “Dentro de uma mesma cidade você tem distintas realidades”, disse , afirma Adson França. “Então nós temos na mortalidade infantil e na mortalidade materna um recorte social, um recorte econômico, étnico e racial. As mulheres negras pagam um preço maior porque tem maior dificuldade de acesso a bens de consumo, acesso à saúde, problemas e dificuldades de acesso à escolaridade.”
Agência Brasil
Morte de mães, bebês e crianças está ligada à condição social
A morte de mães, recém-nascidos e crianças está diretamente ligada à condição social das mulheres
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