Sem comer

Modelo morta já havia sido internada no Japão

A modelo Ana Carolina Reston Macan, de 21 anos, j� havia sido internada no Jap�o em 2005, onde trabalhava para a ag�ncia LEquipe.

A modelo Ana Carolina Reston Macan, de 21 anos, já havia sido internada no Japão em 2005, onde trabalhava para a agência LEquipe. Ana Carolina morreu na terça-feira, em conseqüência de anorexia e bulimia (saiba mais sobre a doença). Há informações de que a modelo estaria em tratamento psiquiátrico, mas, segundo a família, ela faltava a consultas por medo de perder trabalho. A modelo não tinha plano de saúde, nem seguro de vida e sobrevivia dos contratos que acertava. Durante os 21 dias de internação ela ficou no Hospital do Servidor Municipal, que é público. 

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"Como é que podem deixar uma menina com este peso viajar a trabalho? Para mim, ela estava aguentando as dores para não perder viagens e trabalho", indaga Viviane Setti, de 42 anos, mãe do namorado da modelo, Bruno, de 19 anos, estudante de publicidade. Segundo a mãe de Ana Carolina, Míriam Restom, a modelo já trabalhou fora do país e, ao fim da viagem, deixou tudo o que recebeu para pagar dívidas que acumulou

"Foi na China. Minha filha pegava açúcar e papel higiênico no McDonalds porque não tinha como comprar. Também pulava a catraca do metrô porque estava sem dinheiro. Ela me contava e era segredo entre a gente. Mas falo isso agora para servir de alerta para outras mães", diz Míriam.

O booker internacional da LEquipe, Alexandre Torchia, afirmou ter tomado ciência de que Ana Carolina estava doente quando a modelo estava em Osaka, no Japão. Ele disse ter "adotado" a modelo quando ela estava no México e passava fome, após ter sido abandonada por uma agência local.

Torchia afirma que conversou com Ana Carolina por e-mail, há sete meses, quando ela estava na Cidade do México e ofereceu uma campanha no Japão, com contrato de dois meses. "Conhecia o trabalho dela e ofereci a chance, pois sabia que ela estava em dificuldades. Mas ela nunca falou que estava doente", disse Torchia.

Torchia disse que uma agência parceira no Japão informou sobre o quadro de saúde da modelo e que acionou a direção da LEquipe, que providenciou o retorno de Ana Carolina ao México. Lá, ela teria ficado três dias sob os cuidados de uma outra pessoa, até que melhorasse para voltar ao Brasil.

"A diretora da LEquipe comprou uma passagem de volta ao Brasil e ela retornou para a família", afirmou Torchia. O booker disse que, mesmo doente, a jovem pensava em viajar de novo a trabalho. "Mas um psiquiatra já havia me alertado para que isso não ocorresse. Sobre essa história de que a Carol iria para Paris, eu não sei de onde veio", disse Torchia.

"Ela tinha muito futuro, tinha talento. Para nós, foi um choque", disse o booker. Segundo ele, a LEquipe conta com psicólogos e nutricionistas para orientar suas modelos. 

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Fonte: Globo.com

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