A Mocidade Alegre tornou-se campeã do Grupo Especial do Carnaval de São Paulo, nesta terça-feira, com 298,5 pontos. Última a desfilar no sábado (17), a escola levou ao sambódromo do Anhembi o enredo "Posso ser inocente, debochado e irreverente… Afinal, sou o riso dessa gente".
Com seis títulos na história, a escola havia sido campeã pela última vez em 2004. Na apuração, das 100 notas recebidas, 96 foram 10.
Em segundo lugar ficou a Unidos de Vila Maria, com 297,75 pontos e, em terceiro, a Vai-Vai, com 297,5 pontos. As duas últimas colocadas foram a Unidos do Peruche, com 285,25 pontos, e a Imperador do Ipiranga, com 282,25 pontos, que desfilarão no Grupo de Acesso, em 2008.
O carnavalesco da Mocidade, Zilkson Reis, preparou uma apresentação com tons bastante vivos em suas 24 alas. A profusão de cores se mostrou desde o carro abre-alas, que trouxe metade das crianças que participaram do desfile. Cássio Scapin, o eterno Nino do "Castelo Rá-Tim-Bum", foi um dos destaques da alegoria.
A comissão de frente, chamada "O Encontro do Riso Inocente", trouxe uma bailarina vestida de boneca rosa-choque em meio a componentes em dourado. O setor deu o tom do desfile, que exaltou principalmente a felicidade das crianças.
O palhaço foi a figura de maior destaque. Piolim, Arrelia e Carequinha ganharam, cada um, uma ala em sua homenagem. Até o puxador Almir Daniel Pimentel, o Daniel Collete, se vestiu de palhaço com direito a maquiagem.
O humor dos artistas brasileiros também foi lembrado nas alas "Dercy e a Perereca da Vizinha", "Otelo, a Ousadia no Humor", "Oscarito, o Bom Malandro" e "Alô, Alô Carnaval". Já a TV foi lembrada em referências à "TV Pirata", "Casseta e Planeta" e "Zorra Total" cujos atores desfilaram sobre um carro. Bento Carneiro, o Vampiro Brasileiro, personagem de Chico Anysio, também teve sua ala.
As baianas ganharam roupas com pompons coloridos e bolas douradas, lembrando a figura do pierrô. E, como não poderia faltar, o carro representando o circo trouxe artistas acrobáticos.
Um dos principais destaques da escola é a rainha da bateria, Nani Moreira, que sempre traz um tamborim nas mãos. Em 2006, ela sofreu queimaduras após um acidente com fogos de artifício instalados em sua fantasia.
Folha