Brasil

Lula não vê como problema rombo de R$ 42 bi na Previdência

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em discurso no Fórum Econômico de Davos, na Suíça, que não vê como problema o rombo de R$ 42 bilhões que há na P

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em discurso no Fórum Econômico de Davos, na Suíça, que não vê como problema o rombo de R$ 42 bilhões que há na Previdência. "Isso é um custo que temos que arcar. É uma dívida que temos com os pobres do País", disse. O presidente, no entanto, não descarta uma discussão para repensar o sistema.

O déficit da Previdência, apresentado ontem, registrou aumento de 11,9% em 2006 na comparação com o ano anterior. Em 2005, o déficit havia sido de R$ 37,576 bilhões. Contudo, na comparação de dezembro de 2006 com dezembro do ano anterior, o rombo teve redução de 70% no INSS.

Uma das medidas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) prevê a criação de um Fórum Nacional de Previdência Social. Segundo o ministro da Previdência, Nelson Machado, o Fórum – a ser instalado no dia 12 de fevereiro – terá a missão de discutir um novo modelo previdenciário para o País, a ser implementado gradualmente nos próximos anos.

O presidente cobrou também responsabilidade dos Estados Unidos e dos países da Europa pelo acordo na Rodada de Doha (em que 30 ministros de Indústria e Comércio discutem um novo calendário para retomada das negociações comerciais globais). Segundo ele, "não adianta os países do terceiro mundo pedirem esmola aos países ricos". "Se não negociarem direito em Doha não vai adiantar colocar a culpa no Iraque", disse.

Para que os países mais pobres do planeta possam ter chance no século XXI, segundo Lula, é preciso que os países desenvolvidos assumam a responsabilidade de fechar o acordo de Doha. "Os EUA têm que diminuir um pouco o subsídio, os países europeus precisam facilitar acesso agrícola dos países mais pobres do mundo".

"O que a gente não gasta em um acordo comercial, a gente gasta depois em uma guerra como a do Iraque, uma guerra sem fim", afirmou o presidente.

Lula disse ainda que gostaria de ter juro mais baixo no País, mas que não há uma solução mágica para isso. "Todos nós gostaríamos de uma taxa mais baixa no Brasil. Mas você não pode reduzí-la por mágica".

Nessa semana, o Banco Central (BC) reduziu o juro básico brasileiro pela 13ª vez seguida, mas em ritmo menor que nas últimas decisões. Na primeira reunião do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu pelo corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic), que passou de 13,25% para 13%.

Durante seu discurso, Lula disse estar confiante de que a taxa de juro no País caia na medida em que aumentar a confiança na economia brasileira.

O presidente também reiterou que o Brasil está pronto para fazer concessões para garantir um acordo para as negociações mundiais de comércio. O presidente pediu aos países ricos que mostrem mais flexibilidade. 

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