Brasil

Lula diz que se pudesse decretaria crescimento por MP

Se eu pudesse decretar o crescimento de 7%, eu faria por Medida Provisória, para o Tuma e para o Mercadante votarem, disse o presidente. Os dois senadores, Rome

Durante o encerramento do 9º Prêmio As Empresas Mais Admiradas no Brasil, na noite desta segunda-feira, em São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que se pudesse decretaria um crescimento econômico mais forte, em torno de 7% ao ano, por meio de medida provisória. O evento marcou o primeiro discurso de Lula após a comemoração de sua reeleição.

"Se eu pudesse decretar o crescimento de 7%, eu faria por Medida Provisória, para o Tuma e para o Mercadante votarem", disse o presidente. Os dois senadores, Romeu Tuma (PFL-SP) e Aloízio Mercadante (PT-SP), estavam presentes ao evento.

Pouco antes, Jorge Gerdau Johannpeter, em nome dos empresários, disse que o Brasil necessita de um crescimento mínimo de 5,4% para absorver os jovens que entram no mercado de trabalho a cada ano. Gerdau apoiou Lula na campanha de 2002 e na deste ano. Ele é um dos cotados como possível novo ministro do Desenvolvimento.

Ainda em seu discurso, o empresário disse que o Brasil teve avanços nestes quatro anos, em que cresceu pouco, mas sem artificialismos. Ele apontou virtudes da política econômica como o controle da inflação, o superávit primário e o crescimento do emprego.

Gerdau defendeu que para o Brasil crescer mais fortemente precisa de um maior índice de poupança interna e investimentos. O empresário fez críticas à alta carga tributária, que hoje gira em torno de 40%.

País dividido
"Diziam que o Lula queria dividir o Brasil entre ricos e pobres. Não, eu não quero dividir. Eu já nasci com ele dividido e lamentavelmente nasci do lado dos pobres. Deveria ter nascido senhor de engenho, mas nasci na senzala. O que eu quero é repartir o pão produzido de forma mais justa", disse o presidente em seu discurso.

Lula ainda fez menção à campanha eleitoral e disse para Roberto Egidio Setúbal, presidente do Banco Itaú, que foi ela foi curiosa.

"Veja que absurdo. Eu faço uma campanha em que eu era obrigado a defender os bancos. Os meus adversários criticavam os bancos e vocês votaram neles e não em mim", disse, arrancando risos da platéia.

Falando ao anfitrião e dono da revista Carta Capital, Mino Carta, Lula disse "não tenha a preocupação de falar a palavra povo. Neste País há mais povo do que formadores de opinião. As pessoas perceberam a diferença entre a verdade e a mentira". Ele se referia à sua reeleição.

Redação Terra

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