Os juros médios cobrados pelas instituições financeiras recuaram em abril para 45 por cento ao ano, o menor patamar desde dezembro de 2004, frente a 45,7 por cento em março, mostraram dados do Banco Central nesta sexta-feira.
A queda refletiu principalmente um barateamento do crédito para pessoas físicas e a tendência é de continuidade de redução das taxas médias nos próximos meses, informou o BC.
Os juros médios para pessoas físicas cederam para 57,8 por cento em abril, menor nível da série histórica, iniciada em julho de 1994, contra 59 por cento em março. O custo dos empréstimos para as empresas recuou apenas 0,1 ponto no mesmo período, para 30,6 por cento.
Segundo o chefe do Departamento Econômico da autoridade monetária, Altamir Lopes, a redução dos juros para pessoas físicas reflete a redução da taxa Selic. Em abril, há também o efeito sazonal dos financiamentos oferecidos pelos bancos vinculados à restituição do Imposto de Renda, que têm taxas mais baixas, disse ele.
“A expectativa é de continuidade de redução das taxas”, afirmou Lopes a jornalistas, acrescentando que dados parciais de maio —até o dia 12— apontam uma redução de 1,8 ponto das taxas para a pessoa física e de 1,1 ponto para as empresas.
O spread bancário —que mede a diferença entre o custo dos empréstimos e o de captação dos bancos— caiu para 29,8 pontos percentuais, ante 30,2 pontos no mês anterior. A redução da média ocorreu por causa da diminuição do spread para a pessoa física, de 1 ponto percentual, para 43 pontos percentuais. O spread nos empréstimos para a pessoa jurídica aumentou 0,3 ponto, para 15 pontos percentuais.
O estoque das operações de crédito com recursos livres subiu 2,3 por cento e atingiu 431,3 bilhões de reais. O volume total, que inclui crédito direcionado, avançou 1,9 por cento, para 637,8 bilhões de reais —o equivalente a 32,1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
Reuters
Juro médio dos bancos cai para menor nível deste ano
A queda refletiu principalmente um barateamento do crédito para pessoas físicas e a tendência é de continuidade de redução das taxas médias nos próximos meses
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