O governo federal poderá intervir novamente nas empresas aéreas, se problemas com cancelamentos de vôos e overbooking (venda de passagens acima da capacidade dos aviões) continuarem provocando caos em aeroportos. A afirmação foi feita pelo ministro da Defesa, Waldir Pires.
Segundo ele, a intervenção ocorrerá, se necessário, porque o objetivo é garantir a adequada prestação de serviços à população: "Se não há concorrência plena no mercado, o Estado tem que intervir. E eu creio que há essa concentração de mercado. Enquanto não tivermos uma situação de concorrência estabelecida, a intervenção será construída de acordo com a necessidade".
Após a crise da Varig e o acidente da Gol, ocorrido em setembro – que resultou na morte de 154 pessoas -, a aviação brasileira entrou em colapso. E os cancelamentos de vôos tornaram-se mais freqüentes em dezembro.
O ministro, porém, acredita que o setor caminhe para a estabilidade, embora algumas medidas ainda sejam necessárias. Contratações para reforçar a equipe de controladores de vôo é uma das pendências.
Sobre a possibilidade de a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) continuar a monitorar empresas na alta temporada, Pires disse apenas que espera responsabilidade das companhias. Hoje, termina o prazo fixado pela agência, proibindo cancelamentos de vôos e alterações de rotas e horários, exceto os que forem autorizados.
O Dia