O gerente de construção da Linha 4 (Amarela) do Metrô, Marco Antônio Buoncampagno, pediu afastamento temporário do cargo. O pedido foi aceito pelo presidente do Metrô, Luís Carlos David, que afastou o engenheiro por meio de um ato administrativo.
O ato afasta Marco Antônio Buoncampagno por tempo indeterminado e nomeia em seu lugar Luís Carlos Meirelles de Assis, que é gerente de construção da Linha 2 (Verde) e agora vai acumular o cargo na Linha 4, onde ocorreu o desabamento que matou sete pessoas no dia 12 de janeiro. A assessoria de imprensa do Metrô informou que Buoncampagno se afastou sob a justificativa de dar maior transparência às investigações.
O engenheiro, que fiscalizava os trabalhos do Consórcio Via Amarela, é processado sob a acusação de ter participado de um esquema ilegal de contratações públicas em parceria com uma empreiteira do consórcio, segundo reportagem da "Folha de S.Paulo". A ação civil pública foi proposta pelo Ministério Público Estadual, tramita desde 1992, e ainda não foi julgada.
Segundo a acusação, as construtoras Andrade Gutierrez e Mendes Jr. eram beneficiadas por aditivos contratuais irregulares do Metrô no começo da década de 1990, para que repassassem parte dos serviços à Engemab, empresa de engenharia criada por Buoncompagno em 1989. Em troca, afirma o jornal, o engenheiro teria construído casas para executivos do Metrô.
G1