Integrantes da Força Nacional de Segurança que estão patrulhando as divisas do Estado do Rio se queixam de não receber informações das polícias Federal, Civil e Militar sobre a circulação de suspeitos nas estradas e da chegada de carregamentos de entorpecentes para efetuar prisões e apreensões.
Eles dizem que, sem informações, são feitas abordagens aleatórias a tropa revista veículos sem critérios. Cerca de 200 militares da FNS estão nas divisas do Rio, mas nenhum atua no Estado ou conhece pontos críticos.
A suposta ausência de dados tem refletido diretamente nos resultados. Em cinco dias de operação, um balanço indica apenas duas quantias de maconha apreendidas.
Além disso, cinco suspeitos foram detidos, e houve interceptações de um carregamento de tênis supostamente contrabandeado, equipamentos de informática e uma carteira de habilitação que seria falsa.
As queixas da tropa contrariam o planejamento da Secretaria de Segurança Pública. Foi a pasta que definiu os pontos a serem ocupados.
O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, disse que a polícia está passando todas as informações de que dispõe para a FNS. A secretaria afirma também que não espera grandes resultados nos primeiros dias da ação da FNS por considerar que ocorra retração do tráfico nas rodovias.
Folha de São Paulo