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Ex-padre é preso após ser denunciado por abusos sexuais contra crianças; crimes ocorreram entre 1999 e 2001

O ex-padre foi preso depois de ser denunciado por diversos abusos contra crianças de 3 a 11 anos.

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Imagem ilustrativa. (Foto: pixabay)

O ex-padre Bernardino Batista dos Santos, de 76 anos, foi preso, na manhã desta quarta-feira (23), na casa dele, em Juatuba, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ele é denunciado por diversos abusos sexuais contra crianças e adolescentes.

Em nota, a defesa do ex-padre diz que “embora respeite a decisão judicial, está convicta de que sua prisão preventiva é abusiva, pois sem amparo processual e constitucional”. Completa, ainda, que ele nega as acusações e que confia na imparcialidade da justiça.

A Polícia Civil de Tiros, no Alto Paranaíba, cumpriu um mandado de prisão expedido pela Justiça em 21 de outubro deste ano. O suspeito passará por exames médicos e será encaminhado para a delegacia de Juatuba.

Os abusos

O ex-padre é denunciado por diversos abusos contra crianças de 3 a 11 anos entre 1999 e 2001. A denúncia que levou à abertura do inquérito policial em 2021, no entanto, é referente a uma mãe de menina que relatou um caso durante uma excursão para um sítio em Tiros em 2016.

A menina relatou o caso à mãe e outras testemunhas também presenciaram o choro desesperado da criança depois do crime. Bernardino sempre negava e tirava a credibilidade da criança.

Há, também, relatos de outros episódios ocorridos entre 1999 e 2001 nesse mesmo sítio de Tiros e também de quando ele era diretor da escola infantil e padre da Paróquia Nossa Senhora Medianeira e Santa Luzia, no bairro Paraíso, na Região Leste de Belo Horizonte.

“Eu sou porta-voz de um grupo de mais de 60 mulheres que já me procuraram desde 2021. Queria agradecer primeiramente a todos nós, que nunca desistimos, desde 2021, buscando que a justiça fosse feita de alguma forma. Esse pedido de prisão nos dá algum alento, algum alívio, em meio a tanta luta”, diz a advogada Carolina Rocha, uma das vítimas de Bernardino.

Ainda em 2021, uma investigação foi aberta pela Arquidiocese de Belo Horizonte. A comissão de proteção a menores fez o acolhimento e escuta das denunciantes.

Segundo a instituição, o “processo penal instituído pelo Tribunal Eclesiástico foi concluído” e “encaminhado à Roma, na Itália”. Diz, ainda, que “o processo foi analisado pelo Vaticano […], que confirmou a decisão da Arquidiocese […], determinando o afastamento definitivo” do ofício sacerdotal.

Apesar disso, no catálogo de 2024 da Arquidiocese, publicado em janeiro, o padre aparecia como capelão da penitenciária feminina no bairro Horto, Região Leste de Belo Horizonte. Após o questionamento, a Arquidiocese retirou o nome dele do documento.

Na esfera judicial, por serem denúncias do início dos anos 2000, essas vítimas não se beneficiam da mudança no Código Penal sobre os crimes sexuais contra crianças e adolescentes.

Desde 2012, a contagem para prescrição passou a ser calculada a partir de quando as vítimas completam 18 anos, e não mais da data do abuso.

Por g1 Minas Gerais

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