Representantes dos movimentos dos Sem-Universidade (MSU) e Educação e Cidadania de Afro-Descendentes e Carentes (Educafro) compareceram hoje ao Senado para reivindicar a aprovação do Projeto nº 73/99, que institui a reserva de vagas nas universidades para alunos da rede pública, com percentuais para negros e índios.
Eles participam da audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Sendo, que debate as ações afirmativas destinadas à eliminação da discriminação racial. Hoje se comemora o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.
De acordo com o assessor de Políticas Públicas do Educafro, Thiago Thobias, a aprovação do projeto de cotas não deve ser vista como do governo ou da oposição. “O projeto não é de partido A ou B. Ele está sendo encabeçado por uma deputada do PFL (Nice Lobão) que o governo o apóia. Não queremos brigas”, afirmou o Thobias.
“O projeto está focado para a Nacão. Queremos que os deputados e senadores avaliem a importância do projeto para os pobres e negros deste país”, completou.
O reitor da Universidade e Brasília, Thimoty Mulholland, que participa da audiência afirmou que as ações afirmativas enriquecem as universidades. “Muitos dizem que com as cotas a qualidade do ensino cairia. A qualidade do ensino é de responsabilidade dos professores, não dos alunos”, disse.
Agência Brasil
Estudantes vão ao Senado reivindicar aprovação de cotas
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