Os trabalhos para a retirada da grua que está na cratera aberta com o desabamento no canteiro de obras da futura estação Pinheiros do metrô (zona oeste de São Paulo) foram retomados na manhã desta segunda-feira. Para os serviços, desta vez, não houve necessidade de interditar totalmente a marginal Pinheiros, como ocorreu no fim de semana. A faixa direita da pista local permanece bloqueada no sentido Castello Branco.
O desmonte começou no sábado (20), quando foram retiradas a lança e a contralança os dois braços da grua. No domingo, simultaneamente à desmontagem, os bombeiros continuam as buscas por uma possível sétima vítima do desabamento.Danilo Verpa/Folha Imagem
Funcionários iniciam a desmontagem da grua que ficou na borda da cratera
De acordo com informações do Consórcio Via Amarela, responsável pelas obras no metrô, os funcionários começaram nesta segunda a desmontar as três partes que compõem a coluna vertical da grua a cabine de comando, que pesa 19 toneladas; o meio da grua, com 21 toneladas; e a base, com 8 toneladas.
O consórcio avalia que os trabalhos realizados no fim de semana foram rápidos, mesmo com a chuva que atingia a cidade. Não há previsão para o término do serviço, mas a expectativa é que a operação seja finalizada hoje.
Com 40 metros de altura e 120 toneladas, o equipamento ficou na borda da cratera após o acidente e corria o risco de tombar.
Vítimas
Desde o dia 12, quando ocorreu o acidente, seis corpos foram retirados dos escombros. Uma sétima vítima também pode ter sido soterrada e, no fim de semana, as cadelas farejadoras dos bombeiros acusaram indícios de vítima sob a terra.
Oficialmente, a Polícia Civil e os bombeiros consideravam seis pessoas desaparecidas no local. Familiares do office-boy Cícero Augustino da Silva, no entanto, dizem acreditar que ele esteja sob os escombros. Silva desapareceu no mesmo dia do desabamento nas obras.
Folha Online