Educação básica, que vai da pré-escola ao pré-vestibular, é a prioridade número um para o país, segundo uma pesquisa feita pelo Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE), nos últimos dois anos, junto a entidades da sociedade civil, universidades, e poder público. Por isso, a educação é a primeira das 50 prioridades traçadas pelo NAE até 2022.
O plano estratégico para o setor será finalizado no final deste mês, com previsão de início em 2007, mas já tem alguns caminhos traçados. Um deles é a formação profissional dos professores e o aumento de seus salários. Outro item é a gestão mais eficiente e transparente das escolas, com envolvimento da sociedade civil. Por fim, "uma ferramenta muito importante para quebrar a má qualidade do ensino", o uso da tecnologia (internet, laboratórios de informática, etc.) na montagem de uma infra-estrutura de inclusão digital que atenda as cerca de 170 mil escolas públicas, urbanas e rurais, do país.
"Até 2015 chegaremos a um estágio de Primeiro Mundo, tendo um destaque internacional em qualidade da educação. A idéia é que todos os 50 temas cheguem concluídos em 2022, para o Brasil ser plenamente desenvolvido. Mas a educação precede a todos os outros 49 projetos", frisa o coordenador-geral do NAE, coronel Oswaldo Oliva Neto.
O combate à violência e à criminalidade é o próximo da lista. Os estudos para sua implementação já estão em andamento, com previsão de início no final de 2007. A idéia no NAE é integrar todos os conceitos sobre segurança pública, agregando mais um fator a esse processo, que é o uso de tecnologias de ponta, como as usadas pelo polícia inglesa e japonesa. "A incorporação pelas forças policiais e pelo estado de tecnologias mais sofisticadas, mais novas, deram resultado em outros países do mundo no processo policial. Além disso, há de se fazer mudanças na legislação", resume o coordenador do NAE.
Uma outra ação que está na pauta governamental, apesar de não figurar entre os primeiros da lista, mas que é tido também como prioridade pela Presidência da República, é o investimento em novas matrizes de combustível. O estudo na área fica pronto até o final deste mês, iniciando o plano estratégico no setor em 2007. O modelo de uma nova matriz energética para o Brasil passa pela ampliação do consumo de biocombustíveis, como o etanol, o biodiesel, o H-BIO, e a ampliação do consumo de gás natural.
"A nossa proposta é um anel de gás para toda a América do Sul, integrando todos os países da região, além de continuar investindo em energia elétrica de origem hidráulica, e a redução do consumo dos derivados de petróleo", sublinha Oswaldo Oliva, para quem o problema mais crítico do mundo, nos próximos 20 anos, será a curva descendente do petróleo, o que elevará o preço de diversos produtos. "É uma crise mundial se avizinhando em cima da dependência excessiva do petróleo. É possível que, até 2015, a gente já esteja com essa nova matriz de combustível, o que vai possibilitar a redução do consumo de petróleo no Brasil", completa.
Outro objetivo estratégico, segundo Oliva, é tornar o Brasil o maior produtor mundial de alimentos até 2022. O plano estratégico para o Brasil chegar ao desenvolvimento até o ano de 2022, foi divulgado durante o seminário Brasil-União Européia: Estratégias e Políticas de Longo Prazo, que acontece hoje (13) e amanhã, em Brasília. Os objetivos foram apresentados pelo coordenador-geral do NAE, coronel Oliva Neto, a algumas autoridades européias, entre elas, o conselheiro da presidência da União Européia (UE), Antônio José Cabral, e o chefe da Comissão da UE no Brasil, o embaixador português João Pacheco.
Agência Brasil