Grupos ecologistas e membros de organismos internacionais se manifestaram hoje em favor da defesa da “saúde” do planeta na abertura do “Encontro Verde das Américas”, que será realizado em Brasília durante três dias.
A reunião foi convocada por várias organizações ecológicas para discutir possíveis soluções para a deterioração do planeta e também as alternativas de desenvolvimento sustentável que existem atualmente.
Uma das participantes foi a equatoriana Rosalía Arteaga, secretária-geral da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), que afirmou que as ameaças ao meio ambiente no mundo só serão diminuídas com “vontade política”.
Voltada para os problemas da Amazônia, Arteaga disse que “o caminho para solucioná-los depende de vontade política e de instrumentos capazes de implementar essa vontade”.
Na opinião da dirigente equatoriana, “o caminho se chama sustentabilidade, que não é outra coisa que não o desafio de encontrar um ponto de equilíbrio que permita aos 30 milhões de habitantes da Amazônia viverem de modo digno e ao mesmo tempo em harmonia com a natureza”.
Arteaga apontou que o desafio é que “homens e mulheres vivam suas vidas de modo pleno e em um meio ambiente saudável que se perpetue para as gerações futuras”.
Acrescentou que as soluções para as ameaças referentes à Amazônia deverão ser encontradas em conjunto por Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Suriname, Peru e Venezuela, países-membros da OTCA, “pois eles compartilham os problemas” gerados pela deterioração ambiental.
Da jornada inaugural participou também o coordenador da área de Ciência e Meio Ambiente da Unesco no Brasil, Celso Salatino Schenkel, que avaliou a gestão dos recursos hídricos do país, que possui 12% da água doce do planeta.
Segundo Schenkel, o Brasil “é o único país sul-americano que apresentou progressos importantes na administração de seus recursos hídricos”, graças a uma lei em vigor desde 1997 e às “políticas de preservação” aplicadas desde então.
O representante da Unesco advertiu sobre a escassez de água que ameaça o planeta e assegurou que a cada dólar investido em abastecimento e tratamento são economizados três no sistema de saúde.
“Um litro de água contaminada acaba com a pureza de outros oito litros” e é uma fonte para todo tipo de doenças, disse Schenkel, que citou números da Unesco, segundo os quais em 2002 cerca de 3,1 milhões de pessoas morreram no mundo por diarréia ou malária.
Agência EFE
Ecologistas defendem em Brasília “saúde” do planeta
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