Após ter sido apontado em delação premiada, voltou a viralizar uma fotografia do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, fazendo campanha para a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). A imagem foi registrada em 2010, quando Domingos Brazão era deputado estadual no Rio de Janeiro, como checou o ClickPB.
Na época, Domingos Brazão foi às ruas com adesivos da ex-presidente Dilma Rousseff panfletando ao lado do ex-deputado Eduardo Cunha em Jacarepaguá. A foto havia sido publicada originalmente em outubro de 2010 na conta do Flickr de Brazão.
Domingos Brazão foi apontado pelo ex-PM Ronnie Lessa, como um dos mandantes do atentado contra a vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, em março de 2018. Ronnie Lessa permanece preso acusado de executar o atentado e teria decidido fazer uma delação premiada com as informações que tem para tentar amenizar a sua condenação. As informações são do site Intercept.
Aos 58 anos de idade, Brazão já ocupou o cargo de vereador e foi deputado estadual por cinco mandatos consecutivos. Atualmente ele ocupa o posto de conselheiro do TCE no Rio de Janeiro já tendo, inclusive, sido afastado do cargo por decisão judicial.
Domingos Brazão ainda é réu no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em uma ação penal pelos crimes de organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro. Irmão do deputado estadual Brazão, do União Brasil, e do deputado federal licenciado Chiquinho Brazão, atual secretário de Ação Comunitária da Prefeitura do Rio, o conselheiro chegou a ser preso na Operação Quinto do Ouro, desdobramento da Lava-Jato, deflagrada em março de 2017, assim como outros quatro colegas de tribunal de contas. Todos respondem à mesma ação penal no STJ, sobre suposto recebimento de propina.
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Delação de Ronnie Lessa aponta Domingos Frazão como mandante
Domingos Frazão voltou a ser destaque após ter sido apontado como um dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro, pelo ex-PM Ronnie Lessa. Em 2019 ele já havia sido acusado formalmente pela Procuradoria Geral da República por obstruir as investigações.
O acordo de delação premiada ainda precisa ser homologado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), já que Domingos Brazão tem foro privilegiado.
A principal hipótese levantada para a motivação do atentado que resultou na morte de Marielle Franco e de Anderson Gomes é uma vingança contra o ex-deputado Marcelo Freixo. Na época em que os dois eram deputados na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, entraram em várias disputas sérias. Marielle trabalhou com Freixo por dez anos antes de ser eleita vereadora.