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Dois ficam feridos durante operação do Exército na Rocinha

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RIO – Duas pessoas, entre elas um militar, ficaram feridos nesta terça-feira, durante a operação do Exército na Rocinha, em São Conrado. Um jovem de 16 anos foi atingindo na coxa e um pára-quedista do Exército disparou acidentalmente contra seu próprio pé. Os dois foram levados para o Hospital Miguel Couto e passam bem.

Fuzis roubados podem ter sido distribuídos em várias favelas do Rio, diz Exército

O Comando Militar do Leste (CML) confirmou apenas o ferimento do militar e negou a ocorrência de qualquer confronto com traficantes na favela.

Segundo o coronel Fernando Lemos, do Setor de Relações-Públicas do Comando Militar do Leste (CML), o militar disparou acidentalmente o fuzil, atingindo o dedão do pé, enquanto percorria a favela, junto com outros soldados, para o cumprimento de mandados de busca e apreensão. “Os soldados costumam andar com o fuzil voltado para baixo”, explicou.

A operação na Rocinha está sendo feita com 200 homens da brigada pára-quedista, uma tropa de elite dp Exército. Os militares seguiram pela Estrada da Gávea, por volta das 10h30, com um comboio de cerca de 30 veículos, entre caminhões, blindados do tipo Urutu e ambulâncias. Carros e caminhões de entrega estão sendo impedidos de subir o morro. Moradores estão sendo revistados e as principais entradas da parte alta e baixa da favela estão bloqueadas com cones e galões.

A presença dos militares foi anunciada pelos traficantes da Rocinha com uma prolongada queima de fogos de artifício e as principais vias dos bairros vizinhos de São Conrado e Jardim Botânico sofreram congestionamentos.

É a primeira vez que a força-tarefa do Exército e da Polícia Militar se desloca para um morro da zona sul, na tentativa de recuperar os 10 fuzis e a pistola roubados no quartel do Exército, em São Conrado, no dia 3 de março.

Segundo o coronel Fernando Lemos, a ida do Exército visa entregar intimações para civis e ex-militares, e cumprir mandados de busca e apreensão, decorrentes do IPM (Inquérito Polical Militar) aberto para investigar o roubo do armamento.

“Não é ocupação, o Exército está lá para cumprir uma missão definida”, disse. Segundo ele, os militares ficarão na Rocinha até cumprir todos mandados e depois retornarão para os quartéis. Os militares têm até às 18h para cumprir mandatos de busca e apreensão.

Cães e helicópteros auxiliam as buscas na Rocinha. O blindado do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar também participa da operação. Sessenta homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) também partiicpam da operação.

Os militares também distribuem folhetos pedindo auxílio da população. No panfleto, o Exército diz que as ações já estão dando resultado e que o Brasil acredita nas operações dos militares no Rio.

Os moradores do morro estão circulando normalmente, mas líderes comunitários alertam pela TV Rocinha, estação de tevê comunitária, para que crianças não fiquem nas lajes e moradores se mantenham distantes dos soldados e dos carros do Exército.

Pela manhã, o Exército realizou uma operação na favela Curral das Éguas, em Magalhães Bastos, comunidade próxima ao Parque Regional de Manutenção do Exército e do Campo de Instrução de Gericinó, na zona norte. Cerca de 150 militares se dirigiram até o local para o cumprimento de mandados de busca e apreensão no local. O CML ainda não divulgou o balanço da operação.

Segundo o coronel Lemos, novas ações isoladas das tropas poderão ser realizadas ainda hoje em outras comunidades, sempre seguindo a orientação do serviço de inteligência. Lemos disse que o Exército já tem certeza de que o roubo das armas contou com a ajuda ou participação de um militar da ativa ou de alguém que tenha pertencido à força e prestado serviço na unidade atacada pelos ladrões. “A única questão agora é saber quem”, disse o coronel.

Nova fase

Apesar do Exército ter mudado a sua estratégia de ação e desocupado as favelas que manteve esteve presente na última semana, o CML negou qualquer recuou ou “erro de estratégia”, e garantiu que as operações irão continuar. Só que agora em ações mais “pontuais”.

Segundo o Exército, a nova fase da operação se focará em dados do setor de inteligência e no cruzamento de informações recebidas pelo Disque-Denúncia com as das próprias comunidades e as obtidas pelos demais órgãos envolvidos, como as polícias Federal, Militar e Civil.

O chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Leste, general Hélio de Macedo, disse nesta segunda-feira que o Exército pretende manter as operações até que os fuzis sejam encontrados, mas explicou que o tempo de duração da operação depende do inquérito policial militar, cujo prazo é de quarenta dias, podendo ser renovado por mais vinte, à critério da Justiça Militar.

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