Nos centros de referência no tratamento da dengue, os leitos estão todos ocupados. Quem não está hospitalizado, enfrenta fila de espera nos postos de saúde. Funcionários dessa área tiveram as férias suspensas para cuidar dos pacientes.
O número de notificações da doença cresce numa velocidade impressionante. O último boletim do governo registra 15.335 casos de dengue em Mato Grosso do Sul somente neste ano. Na última semana, mil novos casos foram anotados a cada dia.
O ministro da Saúde, Agenor Álvares, visitou Campo Grande, na quinta-feira (1º) e fez críticas às ações de combate ao mosquito. "Pode ser que o trabalho antecipado não tenha sido feito com a intensidade necessária, então agora nós temos que correr atrás. Não tem nenhum estado que esteja na mesma situação de Mato Grosso do Sul", disse.
As autoridades de saúde do estado, entretanto, botam a culpa na chuva e no calor. "As chuvas trazem um aumento da infestação, porque elas levam água em lugares onde pode haver ovos, os ovos eclodem e aí a gente tem o mosquito adulto”, explica a secretária estadual de Saúde, Beatriz Dobaschi.
Sintomas
A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Os principais sintomas são febre alta, dores no corpo, perda de apetite, cansaço e manchas vermelhas pelo corpo.
A melhor maneira de combater a doença é acabar com os focos do mosquito, que se reproduz na água parada.
Um menino de 12 anos morreu na madrugada de sexta-feira (2), em Mato Grosso do Sul, com dengue hemorrágica. Ele contraiu a doença em Três Lagoas, foi levado para Campo Grande em situação grave e não resistiu. É a terceira vítima fatal da epidemia que atinge todo o estado. Em 33 dias, 15 mil pessoas foram infectadas.
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