O Dia Internacional das Pessoas com Deficiência é comemorado hoje (3) em todo o país. Mas 14 anos depois da instituição da data pelas Nações Unidas, os brasileiros portadores de deficiência têm desafios a enfrentar.
Entre esses desafios estão a adaptação do ambiente físico e a conscientização da sociedade sobre os diversos tipos de deficiência existentes, segundo a titular da Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (Corde), Izabel Maria Madeira.
As pessoas com deficiência não são iguais entre si. Existe a deficiência visual, a auditiva, a física, a intelectual – e cada situação tem uma solução diferente.
De acordo com o Censo de 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 14,5% da população têm algum tipo de deficiência ou incapacidade.
Em Brasília, o Instituto Cultural e Profissionalizante de Pessoas com Deficiência do Distrito Federal (ICP) promoverá apresentações culturais e atividades recreativas para crianças.
Atendimento a pessoas com deficiência
A maioria dos municípios brasileiros não tem encaminhamento adequado para o atendimento de saúde das pessoas com deficiência.
A afirmação foi feita hoje pela coordenadora da Área Técnica de Saúde da Pessoa com Deficiência do Ministério da Saúde, Sheila Miranda da Silva, na abertura do 3° Encontro Nacional de Coordenadores Estaduais e Municipais de Saúde da Pessoa com Deficiência, reealizado dia 1° de dezembro.
De acordo com Sheila, 90% dos estados e municípios não destinam recursos próprios ao atendimento das pessoas com deficiência, contando apenas com as verbas federais, que somam cerca de R$ 1,2 milhão por ano em todo o país. Além de questões financeiras, faltam profissionais. Ela ressaltou que, embora as diretrizes partam do ministério, a implementação da Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência, depende da parceria com as gestões locais.
Sheila Miranda ressaltou que, apesar das dificuldades, houve um avanço significativo desde a criação da política, em 2002. Onde se avançou de forma bem extensa foi na implementação da rede de reabilitação, principalmente na região Nordeste, disse Sheila. "Neste governo atual se aumentou mais de 200% a rede.”
Fonte: Agência Brasil