O desaparecimento de pelo menos sete pessoas entre os dias 12 e 19 de maio está sendo investigado pela Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo. Os casos aconteceram durante o período mais difícil dos ataques do PCC à segurança do Estado, e de acordo com um oficial que pediu para permanecer anônimo, cinco deles têm o mesmo histórico e aconteceram na capital. Seportagem do jornal Folha de S.Paulo, a Secretaria de Segurança Pública afirma que são registradas de 50 a 60 queixas de desaparecimento por dia em São Paulo.
A reportagem relata que, entre os dias 12 e 19 do mês passado, homens da PM foram vistos conversando com diversas pessoas e detendo-as. Quando foram procurá-las, familiares souberam que haviam sido presas, mas essas pessoas não foram mais vistas desde então. A Corregedoria incluiu ainda na investigação outros dois casos, sobre os quais foi questionada pelo jornal.
Testemunhas viram, na noite de 14 de maio, dois guardadores de carros serem abordados por PMS que dirigiam uma Blazer na avenida Paulo Faccini, centro de Guarulhos. Diego Augusto Sant’Anna, 15, e Everton dos Santos Pereira, 24, são usuários de drogas e, de acordo com parentes e com a polícia, haviam sido presos em outubro do ano passado, suspeitos de tentar roubar peças de bronze de um cemitério da cidade. O pai de Sant’Anna diz que o filho nunca ficava mais de um ou dois dias sem dar notícias. “Pelo que ouvi das testemunhas, tenho convicção de que ele foi levado pela polícia”, disse ele ao jornal. “Queria ao menos encontrar o corpo dele”, completou.
Não é a primeira vez que se relata desaparecimentos em Guarulhos depois de as pessoas terem contato com PMs. Em 2003, segundo a Folha, dois rapazes, Danilo Henrique Vicente e Alex Quirino Silva desapareceram horas depois de terem sido vistos em um carro da Polícia Militar e ninguém foi responsabilizado até hoje.
Redação Terra
