Economia

Copom justifica corte moderado de juros com “incertezas”

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O Banco Central vê a inflação sob controle nos próximos meses e sinaliza novos cortes na taxa básica da economia, a Selic. No entanto, entende que ainda há incertezas sobre o efeito das reduções dos juros promovidas desde o ano passado sobre a inflação.

“A maioria dos membros do Copom [Comitê de Política Monetária] ressaltou em sua avaliação o aumento progressivo do peso relativo dos riscos associados às incertezas que cercam os mecanismos de transmissão da política monetária, particularmente no tocante às defasagens e magnitudes do impacto de alterações da taxa Selic sobre a inflação”, diz a ata da reunião, divulgada hoje.

O encontro do comitê ocorreu nos dias 7 e 8 e reduziu os juros de 17,25% ao ano para 16,5%. No entanto, a decisão não foi unânime. Dos novos membros com direito a voto, três foram favoráveis a um corte de 1 ponto percentual.

De acordo com o documento, eles entenderam que esse seria o corte condizente com o atual nível de risco, que mostra uma “recuperação equilibrada da economia, com destaque para as perspectivas de ampliação de investimentos e expansão das importações, e o arrefecimento do repique inflacionário do início do ano”.

O comitê voltou a afirmar que a flexibilização da política monetária não irá comprometer os ganhos já obtidos no combate à inflação e na preservação do crescimento. Acrescentou, ainda, que a percepção de risco irá cair, o que abrirá espaço para uma taxa de juros menor no futuro.

“Além de conter as pressões inflacionárias de curto prazo, a postura da política monetária, adotada desde setembro de 2004, vem contribuindo de maneira importante para a consolidação de um ambiente macroeconômico cada vez mais favorável em horizontes mais longos. Os dados referentes à atividade econômica sugerem consolidação progressiva de uma trajetória de expansão em ritmo condizente com as condições de oferta”, destaca a ata.

A taxa Selic já passou por seis cortes desde a reunião de setembro de 2004.

A projeção de inflação no cenário de referência –que considerada a manutenção da taxa de juros por 12 meses– aponta para um IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) abaixo de 4,5%.

Já a previsão de mercado, feita antes da última reunião, era de um IPCA de 4,56% em 2006.

Cenário externo

Apesar das dúvidas em relação às taxas de juros nas principais economias do mundo e do preço do petróleo continuar em patamar elevado, o BC avalia que o cenário externo permanece favorável, “particularmente no que diz respeito às perspectivas de financiamento para a economia brasileira”.

Para este ano, o BC aposta em uma “grande vitalidade” para o crescimento da economia mundial. As previsões de bom desempenho da atividade mundial contribuem para o aumento dos preços das commodities –que são puxados pela demanda externa.

Folha Online

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