Representantes do Sindicato das Empresas Aéreas e dos aeronautas anunciaram nesta sexta-feira novas regras para deixar o espaço aéreo mais seguro. Por sugestão dos pilotos, o espaço entre os aviões será aumentado. Além da separação vertical, de pelo menos 300 metros, eles serão separados horizontalmente, em pelo menos dois quilômetros, informou o Jornal Nacional.
Este novo modelo de sistema de controle do tráfico aéreo é semelhante aos usados na África e nas regiões dos oceanos – onde a comunicação é mais difícil. Nestas áreas, o controle trabalha com distâncias maiores entre as aeronaves.
Nesta sexta-feira, 67 novos controladores se formaram em Escola da Aeronáutica de Guaratinguetá, no interior de São Paulo. Quinze ficarão em Brasília.
O telejornal mostrou, na quinta-feira, o relatório da Aeronáutica sobre os casos de quase-colisão de aviões, que os militares chamam de incidentes. Foram 22 no primeiro semestre desse ano. O Sindicato das Empresas aéreas disse que o número não é alarmante e que a segurança de vôo no Brasil está dentro dos padrões internacionais.
"O índice acidentes no Brasil é de 0.8 por milhão de decolagens. A média mundial é 1.2 acidentes por milhão de decolagens. Nós estamos abaixo da média mundial", afirmou Ronald Jenkins, do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas.
O comandante Célio Abreu do Sindicato dos Aeronautas disse que os relatórios sobre incidentes são importantes para aumentar a segurança dos vôos. "Esses relatos são instrumentos que possibilitam a melhora do sistema. Certamente que esses episódios não se repetirão porque medidas foram tomadas para prevenção", afirmou Célio Abreu, do Sindicato Nacional dos Aeronautas.
Redação Terra