O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) determinou que o aeroporto de Congonhas feche sempre que for atingido por chuvas moderadas e fortes, por motivos de segurança. Com isso, os pousos e decolagens no aeroporto de maior movimentação do País serão suspensos, aumentanto as chances de mais atrasos de vôos durante o verão. Congonhas é ponto de escala de diversas rotas turísticas para a região Nordeste.
De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, o fechamento do aeroporto permitirá a técnicos da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) realizar a medição da quantidade de água espalhada na pista e evitar derrapagens e acidentes por aquaplanagem. Se a lâmina tiver menos de 3 milímetros, as autoridades vão autorizar a retomada de pousos e decolagens. O processo deve levar 30 minutos em média.
Segundo o Estado, a medida teve início no último dia 29, mas passou a vigorar, na prática, no domingo passado, quanto causou o fechamento de Congonhas por 1 hora e 10 minutos. Por causa da chuva, um avião da BRA teve de suspender o pouso e arremeter, enquanto um vôo da Varig em direção à capital paulista saiu de Brasília com duas horas de atraso. Ao se aproximar de Congonhas, teve de sobrevoar a cidade por aproximadamente 30 minutos até o nível de água baixar.
Na quarta-feira, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) fará a primeira audiência pública para discutir a reforma da pista auxiliar do aeroporto, para sobretudo recuperar a rugosidade do piso, fundamental para evitar derrapagens de aeronaves na chuva. Em março do ano passado, um avião da BRA derrapou e quase saiu da pista. Em outubro de 2006, foi a vez de um Boeing da Gol perder o controle. Em ambos os casos, não houve feridos.
Redação Terra