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Casal é achado morto em bairro nobre de SP

O aposentado Sebastião Estevão Tavares e sua mulher, Ilda Gonçalves, foram encontrado mortos a facadas em uma casa na Rua Cayowaá, em Perdizes, bairro nobre da

O aposentado Sebastião Estevão Tavares e sua mulher, Ilda Gonçalves, foram encontrado mortos a facadas em uma casa na Rua Cayowaá, em Perdizes, bairro nobre da Zona Oeste de São Paulo. Um dos filhos do casal, Rogério Gonçalves Tavares, de 27 anos, também sofreu ferimentos de faca na nuca, e foi levado a um hospital da região.

A avó do rapaz, Isaura da Purificação, mãe da mulher assassinada, se trancou no banheiro após o crime e está em estado de choque. Ela foi encaminhada para atendimento médico no Hospital São Camilo, na Avenida Pompéia.

O crime ocorreu entre 6 horas e 6h30. Uma testemunha teria estranhado o barulho na residência, e ligou para a polícia, que chegou ao local por volta das 7 horas. Seis carros da Polícia Militar atenderam à ocorrência. A perícia chegou ao local por volta das 10 horas.

Uma viatura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também esteve no local e levou o jovem ao hospital. A rua precisou ser fechada para o tráfego, e dezenas de curiosos cercaram a residência.

Assalto
Segundo a PM, Rogério teria saído para a rua, ensangüentado, pedindo ajuda e dizendo ter sido vítima de tentativa de assalto. De acordo com o primeiro-tenente da PM Fernando Pacheco, houve luta corporal dentro da casa, mas não há sinais de sangue na saída da residência, o que reforça a possibilidade de que o assassino tenha sido alguém de dentro da casa.

De acordo com Pacheco, o jovem não teria facilitado a entrada dos policiais no local do crime. Ele chegou a dizer que abriria a porta para a a polícia, mas se trancou no quarto. A casa precisou ser arrombada.

Quando os policiais conseguiram entrar no local, o filho do casal estaria em estado de choque e falando informações desconexas, de acordo com informações da rádio CBN. Há a possibilidade do jovem ter problemas mentais.

A polícia disse também que, em caso de latrocínio (roubo seguido de morte), a fuga do assaltante teria sido complicada, já que a casa é de difícil acesso pelas laterais e pelos fundos. O melhor jeito de sair seria pela frente da casa, mas ninguém relatou ainda ter presenciado movimentação de estranhos pela porta principal. Também não foram encontradas até o momento pistas que indiquem que a casa foi invadida.

Vizinhos
Segundo os moradores da rua, a família era muito católica e freqüentava a Igreja Nossa Senhora de Fátima, que fica na região. Sebastião pertencia ao grupo vicentino da paróquia, movimento católico que trabalha dando assistência a comunidades carentes.

O fotógrafo Eduardo Santaliestra, de 62 anos, descreveu o casal Ilda e Sebastião como "discreto e bem-educado" e afirmou que todo dia após o jantar eles saíam para caminhar e conversavam com as pessoas pelo bairro. Os dois nunca reclamaram para o fotógrafo do relacionamento com os filhos. "Ela tinha sempre muito orgulho dos filhos. Não tinha nada excepcional", conta Eduardo.

Ele viu o momento em que Rogério foi retirado da casa pela polícia, por volta das 7h. Segundo o fotógrafo, Rogério vestia apenas um short, tinha um ferimento profundo na nuca e arranhões na lateral do corpo.

Eduardo questionou o que havia acontecido, mas segundo ele, o homem estava "fora de órbita". Segundo o vizinho, Rogério chegou a ser medicado ainda na calçada. "Ele estava passado, ausente, não respondia nada", relata o fotógrafo. Ele disse que Rogério estava com bastante sangue pelo corpo, enquanto a avó não tinha nenhum sinal de ferimento – apenas estava muito abalada. 

Fonte: G1

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