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Bombeiros retomam buscas no desastre do metrô

O Corpo de Bombeiros retomou na manhã deste sábado as buscas por uma van que teria desaparecido com um motorista, um cobrador e quatro a seis passageiros no des

O Corpo de Bombeiros retomou na manhã deste sábado as buscas por uma van que teria desaparecido com um motorista, um cobrador e quatro a seis passageiros no desabamento do canteiro de obras da estação Pinheiros do metrô, na zona oeste de São Paulo. Segundo a corporação, seis carros estão no local.

Desde o acidente, dois caminhões e uma picape que haviam sido arrastados para dentro do buraco formado pelo desabamento foram içadas; e um guindaste de aproximadamente 50 metros de altura e 50 toneladas que estava pendurado e ameaçava cair foi reequilibrado. O equipamento foi amarrado a um contrapeso e fixado por meio de concreto injetado.

O guindaste, agora, será desmontado. Só depois de concluído o serviço é que será seguro para os bombeiros investir nas buscas pela van a partir da própria cratera, onde há cerca de 50 t de entulho. Durante a madrugada, os bombeiros tentarem chegar ao local por um túnel pertencente ao projeto da estação que não foi danificado no acidente, mas não conseguiram.

Durante a tarde de ontem, a cooperativa para a qual o motorista e o cobrador trabalham comunicou o desaparecimento deles. Os dois estavam em Pinheiros quando o desabamento ocorreu e, depois, pararam de responder ao rádio. De acordo com informações extra-oficiais, um sistema de transmissão de dados por satélite apontou que a van foi soterrada e está entre 25 e 30 metros de profundidade.

Neste sábado são realizadas também vistorias nas cerca de 80 casas que foram interditadas devido ao risco de desabamento. Elas foram levadas para hotéis.

Nesta manhã, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) voltou a fechar a pista sentido Castelo Branco da marginal Pinheiros. Há trânsito no local.

Conseqüências

O desabamento ocorreu às 15h de ontem. Cerca de 80 imóveis tiveram que ser interditados, de acordo com a Subprefeitura de Pinheiros. O administrador Donizette Moura, do Consórcio Via Amarela responsável pela obra foi ao local para cadastrar as famílias afetadas. Elas foram levadas para hotéis.

O acidente ampliou um buraco usado pela empreiteira para descer equipamentos para as obras da linha 4-amarela, 30 metros abaixo. No total, a cratera tinha cerca de 100 metros de diâmetro. De acordo com o inspetor de equipamentos Paulo Sartori, 34, que trabalhava no local, havia 12 veículos no entorno da estrutura naquele momento, e todos caíram na cratera.

Acidente

Segundo a assessoria de imprensa da Odebrecht, o acidente ocorreu durante a escavação da metade inferior da estação Pinheiros, cujo formato é o de um cilindro de dez metros de diâmetro. Seis operários escavam a área com uma retroescavadeira, a aproximadamente 30 metros de profundidade, quando perceberam que uma das paredes estava ruindo.

Houve tempo hábil para os seis operários deixarem o local, e nenhum deles ficou ferido. De acordo com a empresa, os funcionários recebem treinamento para escapar da obra em situações deste tipo. Para a Odebrecht, a parede ruiu devido à instabilidade do solo às margens do rio Pinheiros que não podia ser prevista. 

Folha Online

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