Os aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília amanheceram hoje com longas filas de passageiros que passaram a madrugada à espera de embarque, após uma pane no sistema de rádio paralisar ontem as decolagens em Congonhas (SP), Confins (MG) e Distrito Federal e causar centenas de atrasos no País. Usuários que não obtiveram vaga em hotéis ou não tiveram hospedagem fornecida pelas aéreas, incuindo bebês e idosos, tiveram de dormir nos aeroportos, enquanto já se registram alguns atrasos e cancelamentos. Muitos passageiros reclamam de falta de informações e do atendimento dispensado pelas companhias.
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Alguns dos passageiros já contabilizam mais de 12 horas de espera. O problema do sistema de rádio, registrado no Cindacta-1, em Brasília, foi resolvido ontem à noite, segundo anúncio do comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luis Carlo Bueno, que participou de reunião de emergência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva – na qual ele exigiu a compra de um equipamento de reserva para evitar novos incidentes. Inicialmente, está descartada a possibilidade de sabotagem do aparelho.
Esta pane foi considerada a maior de toda a história da aviação brasileira, segundo o o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, que também participou do encontro, junto com o ministro da Defesa, Waldir Pires. "Nunca houve um dia como este na aviação civil brasileira", disse Zuanazzi.
Rio de Janeiro
No Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, há 12 embarques atrasados e dois cancelado, com demoras de até 11 horas. No Aeroporto Santos Dumont, há um cancelamento, de acordo com a Infraero.
São Paulo
No Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, a manhã começou com muitas filas, segundo a rádio CBN; há um cancelamento. Muitas famílias passaram a madrugada no local, dormindo no chão e em poltronas. Há 4 vôos atrasados com média de 1 hora.
Ainda em São Paulo, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, nove embarques estão atrasados, com demoras de até cinco horas.
Brasília
No Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, há quatro vôos cancelados.
Redação Terra