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Com 38 mortos, acidente envolvendo ônibus e outros veículos em Minas Gerais é o pior já registrado no Brasil desde 2007

O acidente ocorreu na altura do km 285 da BR-116, no distrito de Lajinha, em Teófilo Otoni (MG).

Acidente entre ônibus, carreta e carro deixa 22 mortos e vários feridos em Minas Gerais

Foto: divulgação/Corpo de bombeiros - Minas Gerais

Um acidente envolvendo três veículos deixou 38 mortos na madrugada deste sábado (21), na altura do km 285 da BR-116, no distrito de Lajinha, em Teófilo Otoni (MG). De acordo com dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), é a maior tragédia em estradas federais pelo menos desde 2007, início da série histórica disponível para consulta.

Abaixo, veja a lista das dez ocorrências mais letais dos últimos 18 anos, considerando apenas as rodovias federais:

  1. 38 mortos – Teófilo Otoni (MG) – 2024
  2. 33 mortos – Nova Itarina (BA) – 2011
  3. 26 mortos – Descanso (SC) – 2011
  4. 23 mortos – Gavião (BA) – 2024
  5. 21 mortos – Guarapari (ES) – 2017
  6. 19 mortos – Guaratuba (PR) – 2021
  7. 17 mortos – Canindé (CE) – 2014
  8. 15 mortos – Curvelo (MG) – 2012
  9. 15 mortos – Guapimirim (RJ) – 2012
  10. 15 mortos – Nova Laranjeiras (PR) – 2012
  11. 15 mortos – Ouro Preto do Oeste (RO) – 2008

Como dito no início da reportagem, o levantamento acima leva em conta apenas as rodovias federais. Em novembro de 2020, por exemplo, um acidente entre um ônibus e um caminhão na Rodovia Estadual Alfredo de Oliveira Carvalho, entre Taguaí (SP) e Taquarituba (SP), deixou 42 mortos.

O acidente em Teófilo Otoni

De acordo com o Corpo de Bombeiros, a colisão ocorreu às 3h30 e envolveu:

  • um ônibus,
  • um carro
  • e uma carreta que transportava uma pedra de granito.

Vídeos gravados por pessoas que passaram pela rodovia momentos após o acidente mostram os veículos em chamas.

De acordo com a prefeitura, treze pessoas foram levadas a dois hospitais e a duas Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) de Teófilo Otoni. Os três passageiros que estavam no carro ficaram gravemente feridos.

Segundo informações inicialmente repassadas pelo Corpo de Bombeiros, o pneu do ônibus havia estourado, e o motorista perdeu o controle da direção, batendo contra uma carreta. Um carro que vinha atrás também colidiu com o ônibus. Com a colisão, o ônibus pegou fogo.

O agente da Polícia Rodoviária Federal Fabiano Santana informou que a maior parte das mortes foi causada pelo incêndio do ônibus. “Foram vítimas resgatadas [e levadas ao hospital], pessoas que se queimaram tentando resgatar vítimas, crianças pedindo para resgatar os pais”, relatou Santana. Dos 38 corpos, 25 estavam totalmente carbonizados.

Já de acordo com a Polícia Rodoviária Federal, informações preliminares e vestígios no local demonstram que possivelmente um grande bloco de granito soltou-se da carroceria da carreta e atingiu o ônibus que seguia na rodovia, em sentido contrário.

Logo após o impacto da pedra com o ônibus, ocorreu um grande incêndio no veículo. A polícia ainda investiga as circunstâncias do acidente.

O ônibus da empresa EMTRAM saiu de São Paulo na sexta-feira (20) por volta das 7h e tinha como destino Vitória da Conquista (BA), um trajeto de aproximadamente 1,5 mil km.

Em nota enviada à imprensa, a empresa lamentou o acidente e disse que está colaborando na investigação da causa do acidente e que “empenhando máximo esforço para auxiliar as pessoas envolvidas e seus familiares, oferecendo e providenciando todo o apoio necessário, inclusive acompanhamento psicológico”.

Ainda segundo a PRF, a pista ficou totalmente interditada por aproximadamente 6 horas. O trânsito foi liberado no fim da manhã e seguiu em esquema de “pare e siga”.

Nas redes sociais, o governador Romeu Zema lamentou o acidente. “Toda minha solidariedade aos familiares e amigos. Estamos trabalhando para que as famílias das vítimas sejam acolhidas para enfrentar de forma mais humanizada possível essa tragédia às vésperas do Natal, uma data tão significativa para todos”, disse.

O governo de São Paulo ofereceu agentes da Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC) e do Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD) para ajudar na identificação dos mortos.

Trecho teve radares removidos

De acordo com apuração do repórter Jerry Santos, da Inter TV, exatamente no trecho da rodovia onde ocorreu o acidente havia um radar que limitava a velocidade dos veículos a 60 km/h. Este e outros radares foram removidos recentemente desta parte da BR-116 por estarem com a documentação vencida.

Nos últimos dias, ao menos três acidentes com vítimas fatais aconteceram em frente a locais onde os radares existiam, mas foram retirados. De acordo com o DNIT, novos equipamentos serão colocados nos mesmos locais em 2025, por uma outra empresa responsável pela instalação.

Por g1 Minas Gerais

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