Diante dos recentes casos de ocupação de terra por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o número de brasileiros que contestam a atuação da organização que luta pela reforma agrária no país, chegou a 75,4%, informou pesquisa do instituto Sensus.
A pesquisa, realizada a pedido da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) e divulgada na terça-feira, mostrou que 75,4% dos entrevistados são contra as ocupações de terra do MST, enquanto 18,3% disseram ser a favor. Em agosto de 2003, 73,7% contestavam a atuação do movimento, contra 20,8% que se declaravam a favor.
As recentes notícias sobre as ocupações do MST causaram uma percepção negativa sobre a reforma agrária no País, de acordo com Ricardo Guedes, diretor da pesquisa no instituto Sensus. “Em função das invasões, decresce o apoio à reforma agrária”, disse ele.
Para 61,7% da população, a atuação do governo em relação às ocupações de terra e a reação dos proprietários rurais são inadequadas, enquanto 25,5% pensam o contrário.
A maioria dos entrevistados, 27,3%, acha que a reforma agrária deveria ser feita apenas com terras desocupadas do Estado; 18,7% consideram que a reforma deveria ser feita apenas com terras improdutivas já desapropriadas.
Outros 11,5% acreditam que ela deveria ser realizada com terras improdutivas a desapropriar e 11,1% apenas em terras produtivas mediante indenização do governo. Para 18,7%, a reforma agrária não deveria ser feita no Brasil.
Reuters
