A polêmica entre Devin Haney e Ryan Garcia parece estar longe do fim. No dia 20 de abril os dois pugilistas se enfrentaram em combate que valia o título da categoria super-leve, em Nova York. Pela primeira vez na carreira Haney foi derrotado, mas o desafiante não levou o cinturão, por ter excedido o limite de peso da categoria (63,5 kg). Agora, a equipe de Haney espera que o revés seja convertido para uma vitória por desclassificação do adversário por uso de substâncias proibidas.
De acordo com relatório divulgado pela Boxing Scene, o advogado de Haney, Patrick English, encaminhou uma carta de oito páginas aos membros da Comissão Atlética do Estado de Nova York (NYSAC), pedindo que Garcia fosse desclassificado após uma falha nos testes de drogas que o atleta fez para enfrentar o então dono do cinturão da categoria super-leve. O resultado do exame foi divulgado após o triunfo do desafiante sobre Haney.
No relatório, English afirma que o suposto uso de drogas para melhorar o desempenho, junto com outros fatores, colocou Haney “em uma luta insegura sob a jurisdição da NYSAC”. Além disso, o profissional alega que a não pesagem dos lutadores no dia do evento pode ter favorecido Garcia.
– Como não houve pesagem do segundo dia exigida pela comissão, fica impossível saber quanto ele pesou na noite da luta. É por isso que, após expor os fatos abaixo, solicitamos a desclassificação do Sr. Garcia, o que é mais adequado do que uma não contestação nesta situação – Afirmou English em carta.
Relembre o caso
Garcia testou positivo para a substância proibida ostarina em dois testes de drogas com a Associação Voluntária Antidoping (VADA) antes de sua luta com Haney. Ele também “testou positivo” para o metabólito 19-norandrosterona, que deriva da substância proibida nandrolona, mas acabou inocentado. Foi solicitada que uma amostra B fosse testada para comprovar se o atleta utilizou substância proibida ou não antes da luta contra Haney, e o resultado deve sair no final do mês de maio.
Fonte: Combate