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Chael Sonnen promete: “Vou trapacear” contra Anderson Silva

Já se vão cinco anos desde que Chael Sonnen fez sua última luta profissional, uma derrota para Lyoto Machida pelo […]

Chael Sonnen promete: "Vou trapacear" contra Anderson Silva

Já se vão cinco anos desde que Chael Sonnen fez sua última luta profissional, uma derrota para Lyoto Machida pelo Bellator. Basta ligar uma câmera e um microfone, no entanto, que o simpático e solícito lutador americano volta a se transformar no “Gângster de West Linn”, personagem que encarnou no auge de sua rivalidade contra Anderson Silva. Os dois rivais vão se encontrar mais uma vez em ambiente de competição, desta vez no boxe, no Spaten Fight Night, no próximo dia 15 de junho, em São Paulo.

Hoje em dia, Sonnen não chega aos extremos que alcançava quando provocava o ídolo brasileiro antes de seus dois confrontos no MMA. Seu tom atual, inclusive, é de muito mais respeito e gratidão ao “Spider”. Mas, mesmo assim, o lutador americano ainda sabe que a promoção é a alma do negócio e que é o “vilão” da história na despedida de Anderson no Brasil. Por isso, tem algumas pérolas na ponta da língua.

– Podemos fazer caso das regras ou não. Você vai ter suas regras; eu vou fazer o que eu quiser! Eu enfrentei Anderson duas vezes, não segui as regras em nenhuma delas! E antes de você me condenar, ele também não seguiu tanto as regras, OK? Ele agarrou meus shorts, botou dedo na boca, eu cobri sua boca, cobri seus olhos, é uma luta suja! Eu vou trapacear! Não sei como. Eles têm luvas de 14 onças, vou tirar o acolchoado delas, ou vou enfaixar minhas mãos como um gesso, vou trapacear nesta luta. Mas ele sabe que vou trapacear! Ele sabe muito bem disso! – disparou Chael em entrevista exclusiva.

Foi essa capacidade de gerar interesse através de declarações bombásticas que catapultou a carreira de Sonnen. Seu cartel de 30 vitórias, 17 derrotas e um empate é respeitável, mas nada extraordinário. O wrestler da aprazível cidade de West Linn – um lugar repleto de casas tipicamente americanas, com ruas pacíficas, nada violentas como ele fazia parecer – jamais conquistou um cinturão mundial, e mesmo assim enfrentou alguns dos maiores nomes da história do MMA. Além de Anderson e Lyoto, dividiu o cage com Jon Jones, Fedor Emelianenko, Rampage Jackson, Maurício Shogun, Wanderlei Silva e Tito Ortiz, entre outros.

Seu sucesso com o microfone abriu as portas para uma carreira bem sucedida como comentarista de lutas e personalidade nas redes sociais – ele atualmente tem um canal de Youtube com 1,28 milhão de inscritos e comenta os eventos do Bellator. Também inspirou toda uma geração de lutadores a ser mais expansiva na mídia. Atletas como Conor McGregor, Colby Covington, Sean O’Malley, Ronda Rousey, Gordon Ryan e outros seguem sua “cartilha” promocional. E Sonnen faz questão de requisitar o reconhecimento de sua importância nessa área.

– Isto é meio que um prêmio de consolação, eu trocaria isso para ser o campeão mundial. Mas ser lembrado de alguma maneira é muito lisonjeiro. E eu trouxe a era do entretenimento – sozinho! Eu sempre ouço que Chael e Conor – não, não. Eu trouxe sozinho, não tinha ninguém comigo. Não tinha nenhum lutador me apoiando. Não tinha lutadores dizendo, “Ele está aprontando alguma coisa”, “Ele é a nova onda”, “Ele está trazendo a era do entretenimento”. Eles recuaram, os patrocinadores recuaram e todos recuaram. Não houve Chael e Conor; só houve Chael.

Bom, mais ou menos. O próprio Sonnen admite que não esteve totalmente sozinho no auge de sua rivalidade com Anderson Silva, mas surpreende ao dizer quem estava do seu lado: o Brasil. Segundo ele, as provocações ao país eram uma estratégia que não teria funcionado sem a reação apaixonada do povo brasileiro.

– Precisava de uma ajuda para pegar o Anderson pela segunda vez, e por isso alistei o Brasil. Eu nunca vi o Brasil como meu inimigo. O Brasil se apresentou como meu inimigo, mas era meu parceiro, e eu nunca conseguiria sem eles. E mesmo que eu fosse quem estava orquestrando, eles ainda eram meus parceiros, e se eles não tivessem respondido, eu nunca conseguiria a revanche. E francamente, o Brasil – acho que estamos resolvidos, acho que estamos bem, talvez gostem de mim ou não – mas também não consigo a terceira luta sem eles! Eles foram meus parceiros o tempo todo, sabendo disso ou não.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Combate

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