O padrasto da menina Júlia dos Anjos, de 12 anos, Francisco Lopes, prestou um novo depoimento na tarde desta terça-feira (19), segundo informou a reportagem do programa Arapuan Verdade. Francisco Lopes está preso desde o dia 12 de abril, quando confessou ter assassinado a enteada e escondido o corpo em uma ‘cacimba’ no bairro de Gramame, próximo à casa da mãe da menina que sumiu no dia 7 deste mês.
Segundo a reportagem do programa Arapuan Verdade, da Arapuan FM, novas provas vêm ao caso e provocaram a convocação do novo depoimento prestado ao delegado Hector Azevedo, que preside o inquérito da morte de Júlia.
O ClickPB tentou contato com o delegado Hector Azevedo e com o titular da Delegacia de Crimes Contra a Pessoa da Capital, Rodolfo Santa Cruz, mas não obteve resposta.
Hoje foi confirmado que o corpo encontrado no dia 12 é de Júlia. O exame de DNA no Instituto de Polícia Científica (IPC) confirmou a identidade do cadáver e o laudo foi concluído nesta terça-feira.
Entenda o caso
Júlia desapareceu no dia 7 de abril, após ter recebido mensagens de uma mulher interessada em agenciar seu perfil em rede social. A suspeita era de aliciamento da menor através da internet. Contudo, com suspeitas sobre o padrasto, a Polícia Civil o interrogou por mais de uma vez e conseguiu extrair dele a confissão do assassinato da enteada. Ele disse que jogou o corpo na ‘cacimba’ onde, de fato, o cadáver foi achado e levado ao IPC para exames, sendo confirmado hoje pelo resultado do exame de DNA que se trata de Júlia dos Anjos.
O corpo foi encontrado na terça-feira passada, 12 de abril. Francisco Lopes está preso preventivamente. A suspeita sobre agenciamento de carreira foi esclarecida e a dona do perfil que procurou Júlia se explicou e demonstrou não haver intenção de aliciamento contra a menina.
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