Agressões

Justiça do Ceará nega habeas corpus e paraibano DJ Ivis é mantido preso

O artista permanecerá detido no presídio Irmã Imelda Lima Pontes, na Região Metropolitana de Fortaleza, para onde foi transferido após audiência de custódia.

Justiça do Ceará nega habeas corpus e paraibano DJ Ivis é mantido preso

DJ Ivis foi preso na última quarta-feira (14). — Foto:Reprodução

O Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) negou um habeas corpus impetrado pela defesa do cantor Iverson de Souza Araújo, o DJ Ivis, preso na última quarta-feira (14). A decisão foi dada nesta segunda-feira (19). Desta forma, o artista permanecerá detido no presídio Irmã Imelda Lima Pontes, na Região Metropolitana de Fortaleza, para onde foi transferido após audiência de custódia.

Um dos advogados de DJ Ivis no caso, o criminalista André Quezado, afirmou ao G1 que irá aguardar a conclusão da fase de inquérito policial para decidir sobre um pedido de soltura do cantor.

De acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) do Ceará, o suspeito está detido em uma área de triagem no presídio. Ele está em uma situação especial de segurança para que seja garantida a integridade física dele, uma vez que o caso teve grande repercussão.

Ivis exibia fotos íntimas da ex

A digital influencer Pamella Holanda revelou, neste domingo (18), em entrevista exclusiva ao Fantástico que o ex-marido, DJ Ivis, exibia fotos íntimas dela ao amigo Charles, quem o cantor considerava como “braço direito”. Charles também presenciou Ivis agredir a ex e não reagiu. Em entrevista na semana passada, ele disse que “travou” e não conseguir protegê-la.

“A gente começou a discutir porque ele mostrou uma foto minha íntima para o Charles, para esse amigo dele. Eu pergunto o que é, volto pra cozinha e ele continua. Até a hora que eu vou e é a hora que ele me agride”, disse Pamella.

“Depois ainda ele me solta e eu ainda vou pra cima dele, mas ele se esquiva; depois, quando eu dou as costas, ele me dá um soco, me dá um chute, me deu um soco nas costas que eu caí no chão e fiquei sem conseguir respirar”, completa.

Agressões desde 2020

Segundo Pamella, as agressões começaram em 2020, quando o casal passou a morar junto. “Quando comecei a morar com ele , ele já começou a me agredir. Começou verbalmente, palavrão, grosserias”, disse.

A primeira agressão ocorreu quando ela estava grávida de Mel, filha do casal. “Eu estava grávida da Mel, de cinco para seis meses. Ele me segurou pelo pescoço e foi me arrastando do corredor até o sofá.”

Ela revela que não havia denunciado antes as agressões por medo e vergonha. “Eu tinha medo, eu tinha vergonha. Eu estava realizando um sonho, eu estava grávida. Eu sempre quis ser mãe. A gente entra num estado de negação, porque a gente não quer admitir pra gente mesmo, a gente quer procurar justificativa, a gente se culpa. É muito difícil”, explica.

‘Vou continuar com medo um bom tempo’

Apesar de o ex-marido estar preso e ter uma medida protetiva que impede a aproximação de DJ Ivis, Pamella conta que ainda teme o cantor.

“Não sei do que ele é capaz. Ele pode entrar, pensar que a vida dele acabou, que não tem nada a perder e vai lá e faz alguma cosia comigo. Tenho muito medo, e vou continuar com medo um bom tempo. Fico pensando como vai ser minha vida quando eu voltar a viver porque esses dias não estou vivendo, estou existindo.”

Neste fim de semana, Pamella revelou que sofre ameaça de morte e recebe mensagens de ódio. Ela decidiu se afastar das redes sociais.

“Eu tenho sofrido ameaças de morte, eu já li inclusive de outras mulheres que eu mereço passar fome, eu e minha filha”, disse.

‘Assumo meu erro’

No sábado (17), o advogado de DJ Ivis divulgou um vídeo em que o cantor pediu desculpas, assumindo o que chamou de “erro”.

“Eu estou vendo sozinho, tentando ser forte, mas não existe mais força. Eu estou passando aqui pra dizer pra cada um de vocês, pra você que é mãe, pra você que é filha, pra você que é pai, pra você que é família, pra você, Pamella: eu errei, assumo meu erro”, afirma DJ Ivis em um trecho da gravação.

Desde que o caso foi revelado, DJ Ivis perdeu contrato com a gravadora Sony e com a produtora Vybbe, teve canceladas parcerias com músicos, e teve as músicas excluídas dos aplicativos mais populares.

Investigação e prisão

A Polícia Civil investiga as agressões cometidas pelo cantor em dois inquéritos policiais. Um deles foi aberto a partir de um BO feito por Pamella, na cidade de Eusébio, em 3 de julho. O outro foi fundamentado nos vídeos que mostram as agressões.

A prisão de Ivis não foi diretamente motivada pelos vídeos, mas eles foram importantes para o pedido de prisão do cantor, segundo o secretário da Segurança do Ceará, Sandro Caron.

Segundo a polícia, Ivis foi detido de forma preventiva por garantia da ordem pública e por apresentar risco de fuga.

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