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Novamente tenho acompanhado através da imprensa toda essa chuva de denúncias contra o jovem delegado Allan Murillo Terruel, e antes de partir para qualquer arrodeio jornalístico digo de peito lavado e coração aberto, não para fazer jogo de cena nem querer emplacar um simples gesto de solidariedade, eu acredito na inocência do delegado que vem sendo acusado pelo defensor público de Sapé, Fernando Enéas.
Quem é Fernando Enéas? Quais os interesses feridos para atacar ferozmente um inteligente e aguerrido delegado concursado da Polícia Civil da Paraíba? Fernando Enéas sabe muito bem que o delegado não é pai biológico de menino algum, por um simples motivo: Enéas tomou conhecimento de um exame DNA feito pelo jovem delegado, isentando de qualquer paternidade, mesmo assim, procurou a imprensa para fazer esse sensacionalismo esnobe, acusando o delegado por crime de pedofilia, depois daquela operação Quark, que prendeu mais de quarenta pessoas e 4,5 quilos de crack.
Para quem não lembra, esse delegado feriu muitos interesses em Sapé no ano de 2007, terrinha onde atua o defensor público. Allan desbaratou por lá uma rede de pedofilia que só tinhas pessoas (canalhas) importantes.
Na época foram presos o comerciante Moacir Viegas Filho, acusado do crime de corrupção de menores e a doméstica Lúcia de Fátima Silva de Carvalho, denunciada por submeter criança ou adolescente à prostituição e exploração sexual. Essa última é a mãe da estudante Danyelle Silva, que foi denunciada por agenciar e aliciar menores para a prostituição e que também teve a prisão preventiva decretada.
Lembro que foram pedidas as prisões preventivas do Presidente da Câmara Municipal de Sapé, Antônio João Adolfo Leôncio, o Vereador Robson Guedes Vasconcelos, os empresários Erinaldo Francisco do Nascimento, proprietário do motel “Pousada Happy Day” e Romildo Martins dos Santos, dono do motel “Pousada Paraty”, todos de Sapé.
A promotora de Justiça de Sapé, Fabiana Lobo, disse durante a investigação que as crianças envolvidas na Rede de Prostituição, e que haviam prestado depoimentos ao delegado Allan Murillo, durante as investigações do caso, pediram ajuda à Polícia Civil da cidade, pois estavam sendo perseguidas por um carro preto.
Quando digo que tenho motivos de sobra para defender alguém que nem de vista conheço, é que sempre me vem o medo de errar por antecipação. Esse defensor público deve ter adorado se antecipar as investigações. Alguém que de forma gratuita busca a imprensa para denunciar alguém, motivado talvez por inveja ou outros motivos que todos tomarão conhecimento, não agiu com responsabilidade, deve ter interesses feridos sim.
Sou solidário ao delegado Allan por um simples motivo. Odeio injustiça e espero que ele prove todas as acusações que pairam contra sua pessoa por este defensor público que age de forma desequilibrada.
Sou solidário por antecipação, por precaução. Sempre lembro em casos semelhantes a este, onde duas paulistas, Lúcia e Cléa Parente, duas mães de alunos que prestaram queixa que seus filhos de quatro e cinco anos estavam sendo molestados sexualmente na Escola de Base.
O delegado-desgraçado Edélcio Lemos transformou a denúncia como fato provado. Neste caso da Escola de Base a mídia “espetacularizou” a denúncia, e depois assumiu as acusações como verdade provada e fechou os olhos para os acusados. A suposta denúncia das mães se transformormou em notícia verdadeira de primeira página, em jornais e revistas. Dava um frio na barriga ao descobrir a suspeita de pornografia com crianças. Mas era só notícia. O Filme ainda está gravado na minha memória. No final do inquérito os acusados foram declarados inocentes, mas as manchetes condenaram antes:
“Perua escolar carregava crianças para orgia”, Folha da Tarde.
“Kombi era motel na escolinha do sexo” Notícias Populares.
“Escola de horrores” decretou a revista Veja.
Além de Allan Murillo, fiquei solidário com Weick, com o delegado paraibano Walter Brandão, que no início de 2008 me deparei com uma manchete do Jornal do Commercio de Pernambuco com a seguinte chamada: “Escuta compromete delegado Walter Brandão do caso Manoel Matos”.
A matéria revelava e condenava “um suposto esquema” de liberação ilegal de traficantes que atuam na Grande João Pessoa, pela Delegacia de Repressão e Entorpecentes em João Pessoa, quem tem Walter Brandão como delegado. Até hoje nada foi comprovado contra Walter Brandão.
Por alguns minutos, passou novamente o filme, que me transformou em doente terminal da chamada “Síndrome da Escola de Base”. Quando o assunto é acusar alguém diante da inexistência de provas concretas, não me chame não viu. Com provas eu entro sem medo até contra o Barack Obama.
Com Allan Murillo, acredito na sua inocência até que todas as provas que apareça (que acho difícil aparecer) me provem o contrário.
Fico ao lado do delegado e de todos que sofrem acusações sem ao menos terem o direito da defesa.
Lembrai-vos da Escola de Base.
Tudo isso têm me ajudado a errar menos.
Acho bom buscar a história deste defensor que agora acusa, quem sabe, encontraremos o fio da meada para tantas acusações.