As coisas andam confusas. Muito confusas. Vejam o papelão do presidente do Sindicato dos Médicos, drº Tarcísio Campos. Dá a impressão de que ele só conseguiu viver poucos anos em um cativeiro imaginário e sindical da drª Roseana Meira.
Durante todo esse tempo, Campos desenvolveu uma relação quase “roseanemeiriana” de ódio e afeto com a mulher que o raptou ainda nas primeiras greves da saúde em João Pessoa. Nesses últimos dias, Tarcísio e toda classe médica foram violentados várias vezes, chegando a ganhar o rótulo de serem eles (os médicos) os culpados do caos na saúde que ora presenciamos. Massssssssssssss… Tarcísio Campos não resistiu. Repentinamente rasgou elogios à saúde municipal, durante audiência pública na Câmara de João Pessoa. E na noite de ontem foi acusado de tentar manipular o fim da greve.
A partir de ontem, Campos deixou de existir como sindicalista. É como se tivesse aderido em beneficio próprio. Ontem Tarcísio ficou pelado, de cueca e chinela japonesa enquanto sindicalista, diante de uma assembleia de uma classe que rala muito para poder manter um padrão econômico compatível com os anos de estudos e dedicação ao próximo. Não sou médico e considero-me um verdadeiro Zé ninguém, mas acredito que drº Tarcísio Campos anda, assim, meio doente. É como se ele sofresse da Síndrome de Estolcomo, termo usado para descrever um fenômeno psicológico em que os reféns manifestam sentimentos afetivos e positivos em relação aos sequestradores e decidem colaborar com o desafeto, a quem ele considerava até poucos dias, uma ditadora.
A Síndrome de Estolcomo é um termo simpático, mas seu efeito é terrível, pois transformou Tarcísio em vítima novamente, já que seu posicionamento tira a capacidade de interpretar sua história política sindical ao transformar suas experiências mais significativas em produto de uma síndrome.
Campos agora precisa de Roseana Meira e seu comportamento leva a uma conclusão sobre ela : Tudo que Tarcísio falou, denunciou, vociferou contra Roseana e a Saúde, foi durante todo tempo uma perfeita dissimulação.
Ouvi e gravei o que disse Drª Yara Villar, que revelou as inúmeras tentações que sofreu quando ocupou cargo de direção em uma das entidades representativas da categoria“A gente sofre tentações inúmeras, mas em momento nenhum nós devemos deixar o nosso caráter, a nossa dignidade, a nossa hombridade, pra trás”.
Você ouviu Drº Tarcísio ? Ela classificou como “imoral” e “ilegal” a proposta que a Secretaria de Saúde enviou para os médicos. “Não faz jus ao nosso pensamento de melhoria no salário e condições de trabalho”
Clilson Júnior
Radialista, Jornalista e Blogueiro, atuou em vários programas de rádios em João Pessoa e foi diretor comercial da Rede Estação Sat em Pernambuco
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