Clilson Júnior

Assembleia de cócoras x Terreno Acadepol x Maranhão III x Ricardo

Imagine você que de repente, não mais que de repente, o governo resolva permutar, trocar, vender, fazer uma transação imobiliária […]

Imagine você que de repente, não mais que de repente, o governo resolva permutar, trocar, vender, fazer uma transação imobiliária com um terreno que fica localizado em frente ao estádio Almeidão, e num passe de mágica convoca os deputados para referendar a transação, sob o argumento de que lá será construído uma nova Academia de Polícia da Paraíba. Que bonito!!!!!

Acadepol

 

O valor da diferença será de R$ 122.310.000,00 ( Cento e trinta e cinco milhões trezentos e dez mil reais) mais as instalações da Acadepol.

 

Laudo de Avaliação

Permuta entre duas áreas na cidade de João Pessoa.

1º Avaliação

Área localizada na BR230 e o acesso do Geisel.

Frente com 205 metros ao norte para rua Manoel Rufino Silva.

Fundos com 199,50 metros ao sul para lote.

Lateral direita 230 metros ao oeste para rua Valdemar Galdino Naziazeno.

Lateral esquerda 218 metros ao leste para rua sem nome.

Área Total de 45.300 m²

 

Local com aceso frontal para o oeste com rua de mão dupla com faixa de 6m para cada sentido nas vias norte e leste com 7 metros de passeio.

 

Preços médios nas vizinhanças:

Lote 12m X 30m total de 360m² Valor médio do lote R$ 70.000,00 (setenta mil reais)

Valor médio de R$ 195,00 m² (cento e noventa e cinco reais por metro quadrado)

Por se tratar de uma área contigua o valor acrescentaria um ganho de 30% nesse caso o valor é R$ 300,00 m² (trezentos reais por metro quadrado)

Valor total da área R$ 13.590.000,00

 

2º Avaliação

Área localizada na rua Hildo Souto Maior Acadepol.

Frente com 350 metros ao sul para rua Hildo Souto Maior.

Fundos com 375 metros ao norte para rua Santa Bárbara.

Lateral direita 215 metros ao leste para rua sem nome.

Lateral esquerda 285 metros ao leste para lote.

Área Total de 90.600 m²

 

Local com aceso frontal para o sul com avenida de duas faixas de rolamento em cada sentido e 30 metros de largura ao leste e norte com rua de chão batido com 7 metros de passeio.

Preços médios nas vizinhanças:

 

Lote 12m X 30m total de 360m² Valor médio do lote R$ 170.000,00 (cento e setenta mil reais)

Na avenida Josefa Taveira continuação da Walfredo M. Brandão o valor do lote 10m X 20m médio chega a R$ 500.000,00 (Quinhento mil reais) nesse caso extremamente valorizado por estar em uma avenida de fluxo intenso tanto de pedestre quanto de carro e por os lotes serem muitos pequenos já um lote dentro do conjunto fica em torno de R$ 100.000,00 (cem mil reais) do mesmo tamanho.

Valor médio de R$ 1.157,00 m² (hum mil cento e cinqüenta e sete reais por metro quadrado)

Por se tratar de uma área contigua o valor acrescentaria um ganho de 30% nesse caso o valor é R$ 1.500,00 m² (hum mil e quinhentos reais por metro quadrado)

Valor total da área R$ 135.900.000,00

 

Fora a infraestrutura interna construída da Acadepol.

 

Conclusão

 

As duas áreas estão inseridas dentro do perímetro urbano da cidade de João Pessoa sendo a segunda área localizada em uma área de maior densidade demografia e valor econômico fora que a avenida e de melhor acesso pelas vias existentes permitindo retornos e acessos diversos com isso o valor e do m² e de 5 vezes maior do que a área proposta em frente ao Almeidão fora que sua área e o dobro do tamanho da área proposta.

 

 

Aos olhos do leitor, nada mais interessante.

Acadepol

O tal terreno que hoje o governo quer permutar fez parte de uma negociação do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Industrial da Paraíba, ainda no governo Cássio, que incluía redução de ICMS, doação de terreno ou galpão industrial e financiamento com juro subsidiado. Pois bem, quem comprou o tal terreno com valor abaixo do mercado na época, atrasou as parcelas e a bronca foi parar aonde? No governo Maranhão III.  Movimento vai, movimento vem, a CINEP no ano passado queria de volta o terreno e numa operação que até hoje não se sabe como aconteceu, e o governo Maranhão terá que explicar, voltou a ser objeto de uma transação no mínimo, escandalosa. É bom lembrar que o terreno foi negociado na época para fins específicos, ou seja, montar um centro de distribuição ou loja estilo “Show Room” para comercialização das chamadas “pontas de estoque”.

 

Por que o terreno não voltou no governo Maranhão III para o estado, já que a empresa que havia adquirido o terreno com fins determinados, não honrou as pequeninas parcelas?

 

Como se deu a transação e aparição de um novo empresário (Roberto Santiago) no negócio?

 

Tomei conhecimento de que homens honrados da CINEP, ainda no ano passado, ficaram encarregados de reaver terrenos em litígios por falta de pagamento e jamais conseguiram tal proeza, devido às ‘forças políticas’ que atuaram na famosa “pressão”.

 

Agora vamos brincar um pouco. Faz de conta que eu sou o governo e você é um empresário. Feche os olhos. Imagine. Eu te vendo um terreno com preço abaixo do mercado, fiado e parcelado, você não paga e na calada da noite ou na luz da safadeza, você arranja outro amigo, que entra no negócio, “regulariza” a transação e depois vai negociar o mesmo terreno comigo (sou o governo, lembra), trocando 4 hectares por oito.

 

Os 36 deputados da Assembleia Legislativa da Paraíba, tem a obrigação “moral” (caso ainda reste alguma) de não votar, antes que tudo seja esclarecido.

 

Isso é vergonhoso.

 

PS. Quem deve uma explicação neste momento sobre a transação misteriosa é o ex-governador José Maranhão. Foi no seu curto terceiro governo que a transação do terreno foi escandalosamente sacramentada.

 

PS2. Ricardo Coutinho deveria abortar, temporariamente, a transação até que haja total esclarecimento de tudo.

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