Clilson Júnior

Operação Cruz Laranja

O termo “laranja” é muito usado para definir esquemas obscuros na política brasileira. Cada dia me envergonha mais a política […]

O termo “laranja” é muito usado para definir esquemas obscuros na política brasileira. Cada dia me envergonha mais a política adotada por Ricardo Coutinho e todo seu coletivo na gestão da saúde da Paraíba. Sabia que o coletivo possuía know-how, pois em João Pessoa contrataram uma Oscip Cultural do Ceará para fornecer oxigênio aos hospitais da capital. 

Ricardo e Cia anunciaram  no dia 6 de junho, na página oficial do governo do estado o nebuloso convênio com a Cruz Vermelha do Rio Grande do Sul. Tá na página oficial do governo do estado da Paraíba: “Ricardo anuncia convênio com Cruz Vermelha para o Trauma”.

O governador Ricardo Coutinho foi ao Palácio da Redenção para dizer que o Governo contratou a Cruz Vermelha, seccional do Rio Grande do Sul no país, instituição internacional sem fins lucrativos que administra hospitais no Brasil e no mundo a um custo mensal de R$ 6,8 milhões.

 

A matéria publicada dava conta que essa tal Cruz que o Mago hoje carrega é do Rio Grande do Sul com experiência em gestão de 20 hospitais. “A Cruz Vermelha é uma instituição sem fins lucrativos que existe em 190 países, com mais de 150 anos de história. No Brasil foi fundada em 1908 e a secção do Rio Grande do Sul existe desde 1940, gerindo mais de 20 hospitais do Brasil (Pará, Tocantins, Rondônia, Roraima, Bahia, Pernambuco, Ceará, Sergipe, Maranhão, Rio Grande do Norte, Piauí, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso e Distrito Federal)”, disparou a nota oficial que se encontra até hoje na página oficial do Estado.

 

A operação “Cruz Laranja”, cheira a uma escandalosa maracutaia, por um simples motivo:  A dita cuja, do Rio Grande do Sul, não tem experiência alguma na gestão de hospitais em canto nenhum do Brasil. Alguém pode está mentindo nesta história?  Pode sim, ou o governador mente ou foi levado ao erro para mentir, se não, vejamos o documento da própria Cruz Vermelha do Rio Grande do Sul, que atesta que somente em 01/12/2010, foi criado o Departamento de Gestão e Consultoria em Saúde, com três objetivos determinados:

1. Realizar gestão e consultoria em saúde a nível ambulatorial e hospitalar no Estado do Rio Grande do Sul e, por convênio ou interesse da Cruz Vermelha Brasileira Órgão Central, noutros estados da Federação;

2. Realizar gestão e consultoria para o desenvolvimento de redes e sistemas de assistência à saúde mental e dependência química em municípios do Rio Grande do Sul e de outros estados, nestes na forma do item anterior;

3. Desenvolver, implantar e gerenciar o Programa de Gestão e Consultoria Hospitalar e Ambulatorial da Cruz Vermelha Brasileira Rio Grande do Sul.

Ou seja, a Cruz do Rio Grande do Sul, jamais administrou qualquer hospital em canto algum do Brasil.

Alguém do Governo do Estado tem por obrigação de esclarecer também o envolvimento da Cruz Vermelha que atua no Hospital de Trauma, e diz ser a do Rio Grande do Sul, sobre a participação em uma licitação com indícios de fraude no valor de R$ 82 milhões para administrar o Hospital Municipal Ruth Cardoso (Camboriú) e não tem experiência de cinco anos na administração de hospitais, como exigia o edital.

 A informação foi postada hoje no portal página 3 no seguinte endereço: http://www.pagina3.com.br/geral/2011/ago/10/3/licitacao-fraudulenta-de-r-82-milhoes-entrega-ruth-cardoso-a-cvb-rs

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