Clilson Júnior

Narcisismo no Poder

  Uma crônica de Kamila Bill se tornou uma cópia em preto e branco das minhas apreensões. Seus pesadelos são […]

 

Uma crônica de Kamila Bill se tornou uma cópia em preto e branco das minhas apreensões. Seus pesadelos são os meus pesadelos. Assim, hoje acordei mais pessimista. Deveria ser um dia exatamente igual aos outros. Mas não foi. Um dia para realizar o sonho e sonhar o realizado. Mas não foi. O presente de grego ofertado deixou-me ainda mais incrédulo e, creio, este será o recheio da decepção de muitas famílias neste final de ano em nossa terrinha paraibana. E haverá choro e ranger de dentes.

Ao fazer algumas reflexões senti falta da pulgancia da inocente época de criança, onde as frustrações eram tão somente o dever de casa obrigatório e o castigo merecido ofertado por meus pais. Hoje o buraco é mais em baixo, a vida é mais ampla, as coisas mudaram. Hoje eu sei o significado de política, aquela coisinha que “organiza, administra e direciona” um Estado, como também, ludibria seu povo inocente.

Governar em um estado livre como o nosso não significa ser o imperador, o rei, o cara que tudo vê e tudo sabe. A vida é minha, o que eu faço dela é problema meu, mas o que ele faz como governante também é problema meu, é problema nosso. Afinal, que homem é este que se julga tão acima de Deus e dos homens, capaz de ser tão narcisista a ponto de ficar emburrado com categorias funcionais, quando ele próprio é o infrator.

O governo atual é apenas um exemplo da política que me envergonha e deprime, é o resultado da insensibilidade, com cara de deboche e desprezo, fazendo o que quer e deixando o funcionalismo público na miséria.

Acredito que ninguém avisou que fazer cara de bom moço em palanque não esconde um passado e não limpa um futuro. Ele sabe desde o inicio que chegou ao topo é porque foi de arrasto até lá, por alguém mais competente e atencioso.

Nada pessoal, senhor governador, mais estás sendo o retrato daquilo que repudio, é o tipo de homem que se acha esperto, mas não passa de um apedeuta político que só está lá em cima porque muitos se deixaram servir de escada.

Infelizmente no nosso sistema “democrático” não há liberdade para não votar, nem liberdade para tirar do exercício do mandato aquele que não cumpre as suas promessas. O eleito é blindado com uma capa legal quase intransponível, quando, na verdade, deveria ser obrigado a ter uma vida mais transparente que as pessoas comuns. A nossa democracia é uma mentira, o povo nada decide realmente, ela é uma caverna escura que, muitas vezes, tem servido de esconderijo para os piores tipos de seres humanos. Deveria ser o contrário.

Tivemos um ano de choques de contenções, inclusive, contenção da fé de um povo humilde. Um ano sem brilho. Um ano em marcha à ré. Embora 2011 tenha passado numa velocidade impressionante, ele será um daqueles anos que ainda vai demorar a acabar, pois, ficará marcado na memória política de muitos servidores públicos. Os efeitos desse ano haverão de ser sentidos em 2012, quando teremos a possibilidade de saber se aprendemos ou não as lições que foram postas à mesa.

 

Amadeu Robson Cordeiro
Auditor Fiscal

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