O Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) confirmou ao Portal ClickPB que o ex-prefeito de Cabedelo, Leto Viana, embora esteja preso desde abril do ano passado pelos crimes investigados pela Operação Xeque-Mate, recebeu nos meses de janeiro e fevereiro deste ano um total de R$ 43.129,44 a título de salário referente ao cargo efetivo de assistente administrativo.
À consulta feita com base na Lei de Acesso à Informação, a Ouvidoria do Tribunal detalhou a remuneração do detento, que não está no exercício do cargo. Em janeiro deste ano, por exemplo, o pagamento foi composto por: salário de R$ 1.007,68; diferença salário (R$ 20.982,95); 13º salário (R$ 5.245,73); gratificação por tempo de serviço (R$ 302,30); vantagem pessoal – VPNI (R$ 7.140,40), bem como os descontos.
O valor pago a Leto consta nos pagamentos de pessoal, segundo dados do Sistema Sagres do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba. Foram pagos R$ 34.679,06 no mês de janeiro e R$ 8.450,38 em fevereiro, totalizando R$ 43.129,44, apesar de Leto estar preso desde o mês de abril do ano passado quando se encontrava no mandato de prefeito, recebendo subsídio como chefe do Poder Executivo municipal, portanto não estava trabalhando como assistente administrativo. Em outubro do ano passado, Leto renunciou ao cargo de prefeito, mas continuou e permanece preso.
A Operação Xeque-Mate, deflagrada pela Polícia Federal e Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público da Paraíba, investigou o esquema de corrupção envolvendo servidores, vereadores e o ex-prefeito de Cabedelo.