Emoções, leva a omissões, esquecimentos, lapso de memória. Isso acontece com o Reicardo Coutinho, governador da Paraíba. Ele disse nesta sexta-feira(29) que em qualquer escândalo, demitiria o gestor. Balela. Mentira. Nunca deminitiu ninguém, quando fez uma gestão pontuada de denúncias e escândalos na prefeitura de João Pessoa! Ao ser indagado por qual motivo não havia demitido seu irmão, Coriolano Coutinho, no escândalo do “Gari Milionário”, disse que o escândalo jamais existiu, era fruto da confraria. Pois é mano, foi o confrade aqui que denunciou neste mesmo espaço, essa licitação fantasmagórica na EMLUR, onde o gari Magildo, operava a safadeza. Num país sério, alguém tinha ido parar na cadeia.
Essa coisa de escândalo na Prefeitura de João Pessoa se tornou comum nas gestões Agra/Coutinho. Merenda da SP Alimentação, empresa envolvida na “Máfia da Merenda”, licitação do lixo, denunciada ainda na gestão de Ricardo Coutinho, contratação de OSCIP cultural para fornecer oxigênio, licitação de brinquedos que já trazia o catálogo da empresa ganhadora, Fazenda Cuiá, Jampa Digital, Escândalo dos Livros… e por aí vai. Mas esta do Gari Milionário, até pareceu surreal. Coisa descabida… Escancarada.
Na época (maio de 2011) recebi denúncia de que o superintendente da Emlur, o irmão do governador da Paraíba, senhor Coriolano Coutinho, havia assinado um contrato com a empresa ganhadora do Lote 1 de uma licitação que teve como valor global a importância R$ 632.610,00, (seiscentos e trinta e dois mil e seiscentos e dez reais). A empresa que ganhou tal “pregão presencial” para fornecer quatro caminhões compactadores, conforme documento publicado no Semanário Oficial desta Prefeitura de número n° 1263, na página. 28* João Pessoa, 27 de março a 02 de abril de 2011 foi a COMIL CONTRUTORA E INCORPORADORA LTDA, domiciliada na Avenida Senador João Lira, n.º 680, sala 203, Jaguaribe, João Pessoa PB e tem como responsável pela empresa o senhor Magildo Nogueira Gadelha.
E o que tinha de errado nisso?
O senhor Magildo Nogueira Gadelha, na verdade, era um funcionário da própria EMLUR, lotado na limpeza pública, ou seja, trabalhava e ralava como gari de segunda a sexta e recebia um salário líquido de R$ 568,00 com todos os descontos.
Jamais um “gari” que prestava serviço à própria EMLUR poderia assinar qualquer contrato para fornecimento de quatro caminhões compactadores de lixo. Se Magildo era laranja, até hoje o Ministério Público investigou . Se foi usado, também nada foi apurado pela justiça.
AVISO DE LICITAÇÃO
CONTRATO PUBLICADO NO SEMÁRIO DA PREFEITURA
http://www.joaopessoa.pb.gov.br/semanariooficial/2011/2011_1263.pdf
ASSINATURA DO GARI E SUPERINTENDENTE DA EMLUR- CORIOLANO COUTINHO
PÁGINA DO TCE QUE COMPROVA QUE MAGILDO É FUNCIONÁRIO DA EMLUR – AGENTE DE LIMPEZA URBANA