Vender é a arte de entender o comportamento humano. É construir autoridade sobre aquilo que você produz e, com isso, estabelecer laços com seu cliente que possam romper as fronteiras da relação comercial. Grandes empresas já estão na corrida para se aproximarem cada vez mais do seu público por meio das redes sociais e entre as diversas estratégias estabelecidas uma está crescendo em ritmo acelerado: O live commerce.
Apontado no último VTEX Day como o futuro das vendas no ambiente digital, essa modalidade utiliza o formato de lives para fortalecer a interação com o cliente e transmitir a sensação de exclusividade sobre a solução oferecida. Assim como grande parte das tendências globais, o live commerce começou na China em 2020 e, desde o ano passado, tem ganhado força em território brasileiro. Uma pesquisa da Research and Markets aponta que esse modelo de vendas vai movimentar US$ 600 bilhões até 2027.
No Brasil, Mercado Livre e Magazine Luiza são duas gigantes que investem pesado na divulgação e utilização deste canal como estratégia de vendas, convidando influenciadores e celebridades para apresentar seus produtos de forma personalizada. Esse formato impulsiona o engajamento por tratar o conteúdo apresentado diretamente com o público alvo, além disso, por se tratar de uma live, o formato e linguagem utilizada pelo apresentador pode criar identificação imediata com o cliente e reforçar a confiança com a marca, gerando assim vendas instantâneas por meio de botões presentes no próprio canal ou via chat, ou seja compras por impulso.
Essa interação entre apresentadores e público durante a demonstração dos produtos é fundamental no processo de construção de experiência com a empresa e, consequentemente, de conversões, algo bem mais desafiador de produzir em um e-commerce tradicional. Em entrevista durante sua participação no VTEX Day, Natano Mattos, Head de Growth da C&A, comentou que durante os horários de transmissão das lives o crescimento de vendas chega a 200%.
Apesar do sucesso, esse tipo de estratégia demanda um forte apoio logístico para garantir o controle das negociações e envio dos itens, além da necessidade de um porta-voz adequado que transmita não só os valores da empresa, como também tenha proximidade com o público. Neste cenário, entretenimento é a palavra chave para possibilitar a identificação e participação dos clientes.
Essa proximidade entre público e marca vai ser fundamental também após o anúncio do Google Chrome sobre o fim do third-party cookies em 2022. A partir deste ano, o registro de dados de navegação de usuários na internet está suspenso, impactando diretamente as campanhas de marketing digital e obrigando empresas por todo o mundo a empregarem esforços na criação de dados proprietários sobre seus clientes em potencial, por isso as lives podem ser um caminho interessante nesse processo.
E você? Já utilizou a estratégia de live commerce no seu negócio? Coloca aqui nos comentários o que acha desse modelo.