Clilson Júnior

Jampa Digital: O rei está nu!

É impressionante as relações entre a História e a Literatura, exploradas em inúmeros estudos acadêmicos, principalmente no jornalismo. Esqueça o […]

É impressionante as relações entre a História e a Literatura, exploradas em inúmeros estudos acadêmicos, principalmente no jornalismo. Esqueça o relatório da PF sobre o Jampa Digital. Esqueça o Relatório da CGU sobre o Jampa Digital, pois neles, já sabemos de indícios contundentes do envolvimento direto do governador da Paraíba no desvio de verbas públicas para sua campanha eleitoral neste episódio.

 

Sabemos que a figura do ladrão, ou do personagem que engana os outros para subir na vida, é muito comum nas fábulas literárias como “A Cigarra e a Formiga”, de La Fontaine,  “O gato de botas”, escrito pelo francês Perrault e “As roupas novas do Imperador”, de Hans Christian Andersen onde os pobres são sempre retratados exercendo algum trabalho, enquanto os poderosos não têm uma profissão definida, dedicando-se apenas a passeios, festas e caçadas.

 

Hoje, o homem que contava uma história de honestidade e que andava acima do bem e do mal, começa a ser desmascarado pela ganância do poder pelo poder econômico. É uma nova história  contemporânea que envolve personagens que nasceram em bairros próximos onde a figura de ladrões rodeia o personagem central.

 

Não deixe de ler a petição divulgada hoje pelo Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria Regional da República da 5.ª Região, encaminhada ao Tribunal Regional Federal solicitando aprofundamento no inquérito policial referente ao caso “Jampa Digital”, para investigar Ricardo Coutinho.

 

 

Neste documento, o governador da Paraíba é responsabilizado sim, no esquema de desvio de recurso público para sua campanha. Com todas as letras!

 

Como se percebe dos autos, o Sr. RICARDO COUTINHO era o Prefeito Municipal da época, do mesmo modo como terminou como o grande beneficiário da maior parte dos recursos desviados, utilizados que foram na sua vitoriosa campanha ao cargo de Governador do Estado da Paraíba” diz o Procurador Regional da República, Domingos Sávio Tenório de Amorim.

 

Isso é gravíssimo. Em um país sério, esse governador já estaria afastado. Não adianta mais negar que não teve nenhuma participação no Jampa Digital. O rei tá nu. Não é fábula, é uma história real contada pela Polícia Federal, Controladoria Geral da República e pelo Ministério Público Federal. Jampa Digital, o escândalo, conta um dos capítulos da estória de enganação de um “Salvador da Paraíba” quem vem sendo despido a cada dia com acusações de malversação do dinheiro público.

 

Neste documento fica claro que o senhor Ricardo Coutinho, por ter foro privilegiado, impediu que as investigações da PF avançassem em sua direção.

 

Peço que você leia, releia e divulgue para os incrédulos esta petição, mas tenha uma atenção para esse trecho da página 8 que diz:

 

 

Como se percebe dos autos, o Sr. RICARDO COUTINHO era o Prefeito Municipal da época, do mesmo modo como terminou como o grande beneficiário da maior parte dos recursos desviados, utilizados que foram na sua vitoriosa campanha ao cargo de Governador do Estado da Paraíba.

 

A propósito, dificilmente um Secretário Municipal tomaria a decisão de desviar um quantitativo de recursos no valor daquele ocorrido no caso concreto, para fins de 7IPL nº 0095/2012, Tombo 2012 Petição nº 11934/2013 campanha eleitoral, sem o sinal verde daquele que o nomeou, sendo mais fácil, inclusive, imaginar que o próprio detentor do cargo hierarquicamente inferior foi instado à sua obtenção por quem o nomeou, pois é o que comumente ocorre.

 

Reforça a grande possibilidade da participação do Prefeito Municipal, hoje Governador, no caso, o fato de que o atual Vice-Governador, RÔMULO GOUVEIA, negou qualquer ingerência sua na contratação do publicitário DUDA MENDONÇA, o que significa dizer que foi uma decisão de RICARDO COUTINHO.

 

Por outro lado, não dá para imaginar que o candidato não tenha noção de onde vêm os recursos para sua campanha, mesmo porque ninguém se aventura em uma candidatura dessa natureza sem que tenha um respaldo financeiro certo. Por outro lado, não dá para imaginar que alguém controle o pessoal da política, pois, e isso é o que normalmente acontece, o máximo que junto a ele se exerce é uma função de assessoria. Não há dúvidas de que controlam, ainda que algumas vezes queiram passar a idéia de que cometeram atos compatíveis com alguém que pode ser adjetivado de imbecil.

Desse modo, não fosse a existência de indícios contra autoridade com foro por prerrogativa de função no Supremo Tribunal Federal, o foro competente seria o Superior Tribunal de Justiça”.

 

 

 

O rei está nu. A Paraíba tem a obrigação de afastá-lo! 

 

 

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