Clilson Júnior

O povo que sifú

Brigar é ruim, não soma, diminui. Essa é a lógica de qualquer encrenca. Pior ainda é quando a briga é […]

Brigar é ruim, não soma, diminui. Essa é a lógica de qualquer encrenca. Pior ainda é quando a briga é de natureza política, birrenta, infantil e fratricida. Sempre sobra para o povo.

 

Lembrei de um fato político que ocorreu na duplicação da avenida Pedro II em João Pessoa, quando Ricardo Coutinho era prefeito. A obra precisava avançar um pedaço do terreno da Rádio Tabajara. Cássio e Ricardo travavam uma disputa política infernal, nada deste teatro de hoje, incluindo acusações de invasão de computadores da prefeitura de João Pessoa a partir de máquinas da Cagepa. Cunha Lima poderia até ceder o terreno, mas antes, poderia seguir os tramites legais da burocracia estatal, para desapropriar e entregar de bandeja o pedaço de terra para prefeitura, somente meses depois, e a obra seguir a passos de tartaruga. Bastou uma ligação e o muro foi demolido, a via foi alargada e hoje temos uma obra de mobilidade fruto de um gesto para o bem comum da população. Moral da história, ganhou o povo.

 

Nos últimos dias assistimos uma disputa que vai além das loucuras bestiais entre Prefeitura e Estado. O que anda em jogo é a busca da paternidade de obras, títulos e até batalhas para descobrir que é o verdadeiro papagaio de pirata de um campeonato de futebol. O povo, digo aquele que não depende de um salário comissionado do estado ou da prefeitura, vê com tristeza essas cenas patéticas e lastimáveis.

 

Um dos princípios constitucionais regentes da Administração Pública é o da impessoalidade. Impessoalidade que se apresenta em duas vertentes: a) proibir que os agentes públicos se valham da coisa pública (vale dizer, do dinheiro público e dos bens públicos) para fins de promoção pessoal; b) impedir que os agentes públicos concedam privilégios a poucos em detrimento do interesse geral da coletividade. O princípio da impessoalidade na Administração Pública é, portanto, face evidente do princípio republicano.

 

A Perimetral Sul, embargada e desembargada, está parada. A briga não foi para beneficiar o povo e sim apara atender a ambição de um modelo abominável de gerir o serviço público. A promoção pessoal.

 

Agora a guerra é pela implantação do terminal do BRT´s e um Trevo na entrada de Mangabeira. Quem teve 8 anos para fazer e não fez, agora diz que vai construir acima do bem e do mal. Estão pensando no povo? Claro que não. O povo é que “sifú”.

 

 

São várias frentes de atritos abertas entre a Prefeitura de João Pessoa e o Governo do Estado da Paraíba, que a partir de hoje serão pontuados com temas polêmicos de uma campanha eleitoral que já começou.

 

A verdade é que o prefeito Cartaxo (PT) e o governador Ricardo (PSB) por romperem politicamente após falta de acordo para a eleição presidencial entre Dilma e Campos, a situação causará efeitos desastrosos na relação entre Município e Estado.

 

Anotem que no final da história o “povo” será o elemento mais prejudicado nesta disputa fratricida.

 

 

 

Juízo meninos.

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