Ricardo é um caso raro, único talvez, em que o vencedor de uma eleição democrática declara guerra aos vencidos e em plena gestão desastrosa insiste em governar no baixo calão. Oposição é oposição. Guerra é guerra. Imbecil é imbecil.
Não me espanta a falta de compostura do governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, exibida nas agressões dirigidas aos seus opositores, num ambiente de festa, e provavelmente de bebida desregrada, durante seu aniversário.
“Tem gente de sobra para bater com varas nas costas de qualquer candidato da oposição” disse o governador, não se sabe se ébrio ou sóbrio durante discurso do cinquentão de Jaguaribe.
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De Vara em Vara vive esse governo movido por ações na Justiça, Ações Populares questionam a verba da comunicação, outra Ação de Improbidade Administrativa contra o secretário de Estado da Saúde, protocolada na 6ª Vara da Fazenda Pública, que pede a condenação do secretário pelo descumprimento deliberado da Lei de Licitações e das Constituições Federal e Estadual e exigem a subscrição de pareceres jurídicos prévios, por procuradores do Estado, no âmbito dos processos licitatórios e contratos realizados pela administração estadual, o que não está sendo cumprido pelo titular da pasta. A Cruz Vermelha constinua mergulhada nas suspeitas que envolve até doação imoral de campanha.
Outro dia o desgovernado Ricardo Coutinho criticou abertamente o então prefeito de João Pessoa Luciano Agra durante encontro no Hotel Ouro Branco em João Pessoa. Na presença de Ney Suassuna, Ricardo chegou a insinuar que o ex-prefeito devia levar “três palmadas”.
“Se estivéssemos no tempo das palmadas, Luciano Agra merecia três”.
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Ricardo acorda todos os dias em campanha itinerante contra o que ele imagina, derrotados. Ricardo é o cara. Tudo para ele é “normal”. Nos próximos dias começará a andar nu, aplaudido pelo séquito de acólitos que, como bajuladores, supõem que a eleição já está decidida, ainda que os paraibanos não tenham sido consultados, mais já sabem da potencialidade do mal instalado na Paraíba a partir deste coletivo no poder. Não é hora de consultar eleitorado nenhum. Deixa o Mago se enganar.
Ricardo já sabe que seu futuro em 2014 ainda é uma incógnita nesse processo eleitoral transtornado e já tem a certeza da velocidade silenciosa que Veneziano cresce na base da “paz e amor”, já com a certeza de que ao grito de avante, será seguido por todos. Isso deixa o Mago pirado, desatinado, desequilibrado.
Ricardo faz uso de um discurso próximo e tão distante daqueles que compõem a figura imortal de Dom Quixote. Próximo por agir tresloucado. Distante porque o “cavaleiro da história” é apenas um político ambicioso atordoado pela mágoa e pela frustração pessoal.
Se ele é o mal, Veneziano é o antídoto. Vai sumir sem grandeza.