Ricardinho negou em depoimento que tenha mandado matar o tio, Expedito Pereira. Em júri popular, na tarde desta quinta-feira (7), no Tribunal do Júri da Capital, Ricardo Alves relatou que é um “bode expiatório” e que está “sendo vítima de inveja, de ciúmes.”
Expedito Pereira, ex-prefeito de Bayeux e ex-deputado estadual, foi assassinado em dezembro de 2020, no bairro de Manaíra, em João Pessoa. Ele caminhava em uma calçada quando foi surpreendido pelo atirador, Leon. José Ricardo Alves, conhecido como Ricardinho, sobrinho de Expedito, é acusado de ser o mandate do crime, mas nega o envolvimento. Ele teria mandado matar o tio, segundo investigação policial, após tomar posse de dinheiro do ex-prefeito da venda de um imóvel. Ele já teria experiência na gestão das finanças do tio.
Ao juiz, Ricardinho, como é conhecido o sobrinho de Expedito, afirmou sobre a morte do tio que “não tinha motivo algum, muito menos para fazer isso com ele que era como um pai para mim.”
Ele negou ter mandado matar o ex-prefeito de Bayeux. “Eu nego com toda a certeza. Estou negando. Tenho consciência. Não mandei matar meu tio, não. Eu estou sendo vítima de inveja, de ciúmes. E a minha posição aqui é que eu sou um bode expiatório. Mandaram fazer isso com meu tio e eu estou aqui pelo fato de que eu era um alvo fácil.”
Sem apontar nomes, Ricardinho explicou que não sabe dizer quem possa ter mandado matar Expedito Pereira porque não teve acesso a mais ninguém por ter sido preso, mas que ouvia os boatos dentro e fora da prisão sobre ordem de assassinato do tio dele.
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