Clilson Júnior

Jogo pesado

Peço licença e ofereço hoje aos leitores deste espaço um lúcido texto da jornalista Lena Guimarães,, veiculado em sua coluna […]

Peço licença e ofereço hoje aos leitores deste espaço um lúcido texto da jornalista Lena Guimarães,, veiculado em sua coluna no Jornal Correio da Paraíba na edição de hoje, 06/02/2014. 

 

Jogo Pesado 

 

 

Mesmo antes das campanhas que incentivam o ‘voto limpo’ e a condenação de ‘Ficha Suja’, já se apelava para o sentimento de honra e para valores como ética e honestidade dos cidadãos, para influenciar sua decisão de voto. Desqualificar o adversário é a estratégia mais antiga em campanhas eleitorais, e continua na moda. Neste 2014, a novidade é que começou muito cedo e tem como alvo até as pré-candidatura.

 

Em 2006, foi o caso FAC que ocupou as principais manchetes e dois anos depois tirou o mandato de Cássio

Não há dúvida de que a estratégia funciona. Não fosse assim, estaria em desuso. Temos exemplos na história da Paraíba. Vejamos alguns: Campanha de 1986: o famoso chefe político de Catolé do Rocha, José Sérgio Maia denuncia que sua casa foi atingida por diversos tiros e que o então candidato a governador Tarcísio Burity escapou de morrer. A denúncia repercutiu no país e Burity foi eleito alguns dias depois com 61,27% dos votos, puxando ainda Raimundo Lira e Humberto Lucena para o Senado e impondo derrota a Wilson Braga. Nunca se achou os culpados.

 

Em 1994, Lúcia Braga era a favorita. Há uma semana da votação estourou o escândalo dos carros roubados de Gesner Caetano, candidato de sua coligação. Derrotou ela e os candidato ao Senado, Raimundo Lira e João Agripino Neto. Venceu Antonio Mariz. Esse caso foi investigado pela Polícia e vários foram condenados à prisão.


Em 2006, foi o caso FAC que ocupou as principais manchetes e dois anos depois tirou o mandato de Cássio Cunha Lima. Mas na lista de denúncias daquele ano constam ainda o Caso dos envelopes Amarelos, o do Dinheiro Voador ou Concorde, e a repercussão da ‘Confraria’, que pegou Cícero em julho de 2005.


Em 2010, a desapropriação da fazenda Cuiá virou escândalo pelo preço e velocidade no pagamento, mas teve também o Caso Pietro e o famoso Jampa Digital. Ainda tramitam no Judiciário.

 

Na campanha de 2012 a novidade foi um vídeo de uma reunião do então candidato Luciano Cartaxo, com agendes de Saúde, coordenada pela secretaria Roseana Meira. Ações de três coligações concorrentes denunciaram abuso de poder. Uma foi arquivada, outras ainda tramitam.

 

Em 2010, a desapropriação da fazenda Cuiá virou escândalo pelo preço e velocidade no pagamento

Estamos a seis meses do início oficial da campanha. O ex-prefeito Luciano Agra, que é cotado para vice mas ainda não é candidato a nada, é o primeiro alvo. É acusado de ter motorista pago pela PMJP. Foi filmado durante dias. Independente de ser culpado ou inocente, esse caso antecipa que a campanha deste ano será um jogo pesado.

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