Clilson Júnior

PARAÍBA: pai político, filho nobre, povo pobre!

No Brasil colonial a herança política foi regra dos homens que montaram uma carreira pública para depois entregar aos filhos, […]

No Brasil colonial a herança política foi regra dos homens que montaram uma carreira pública para depois entregar aos filhos, sobrinhos ou parentes, nesta desgraçada linhagem familiar que atravessou toda história do Brasil até os dias atuais.  São péssimos exemplos de homens  que se acham no direito quase que sagrado, de perpetuar-se no poder a qualquer custo, parindo um familiar como sendo seu legítimo substituto.


Na Paraíba não é diferente. Pai político, filho nobre e povo pobre. E assim vão engordando o clã familiar, ao preço e dissabor que só quem vota tem o poder de interferir nestes destinos.  De geração em geração essas famílias (sempre as mesmas) garantem a passagem do poder como um bastão numa corrida de 100 metros.


 

Estou convencido que a Paraíba é hoje o Estado com maior número de clãs

Estamos repletos de oligarquias espalhadas pelos quatro cantos da Paraíba, representando assim um fenômeno típico em que o político é mais importante que o partido ou a ideologia.


 

Para ninguém imaginar que essa degradação seja fruto tabajara, o fenômeno se repete até na terra do Tio Sam: vejamos a família Bush, os Kennedy e os Clinton.

 

Em Alagoas, Renanzinho (PMDB) – deputado federal e ex-prefeito de Murici – é filho do senador Calheiros (PMDB-AL), homem que mais responde a denúncias de corrupção. Para não dizer que eu não falei apenas das flores (PMDB), o senador mineiro Aécio Neves representa a linhagem do seu avô, Tancredo Neves.

 

A verdade é que a regra consiste em mais interesse de perpetuação política que vontade de servir ao próximo, pois quanto mais se controla o poder através de um nicho familiar, maior influencia econômica esse grupos conseguem mais poder, já que é possível aumentar uma rede de contatos dependentes de cargos, favores e empregos públicos nas gestões que se perpetuam a cada eleição, onde a moeda de troca são os cargos e favores distribuídos de forma pouco republicana.


Em Santa Rita o prefeito cassado Reginaldo Pereira montou um listão de parentes e contraparentes nomeados para cargos públicos na administração, entre irmãos, sobrinhos, primos e genro, que resultou em um dos maiores casos de nepotismo registrado nos últimos tempos na Paraíba. Reginaldo optou em usar os cargos comissionados para praticar nepotismo em detrimento de pessoas com mais competência técnica. Deu no que deu.


Não devo fazer juízo de valor (niguém é livre para falar o que quer, leia as entrelinhas) quanto aos critérios que levam políticos a escolher o filho, o tio, o irmão ou a esposa para se perpetuarem na história em beneficio próprio. Quem deve opinar é você que paga imposto e detém uma arma que mais tem poder em provocar mudanças que é seu voto.


Estou convencido que a Paraíba é hoje o Estado com maior número de clãs.  Você conhece alguma história familiar para descrever neste espaço abaixo. Você sabe de algum case de sucesso familiar na política?

 

Você concorda com essa prática? 

 

Conto com sua ajuda, com sua memória, pois só nos resta reclamar!

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