Quando procurar a Unidade de Saúde da Família (USF) ou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA)? Essa é a dúvida de muita gente ao buscar os serviços de saúde pública. Um dos pontos a serem observados são os níveis dos sintomas apresentados pelo paciente.
O secretário de Saúde de João Pessoa, Luis Ferreira, explica a principal diferença entre as duas portas assistenciais. “Se seu filho ou você tem sintomatologia leve, ou seja, uma tosse, nariz escorrendo, febre baixa que passa quando toma antitérmico, não precisa de acompanhamento em ambiente hospitalar, vocês podem e devem ser atendidos em unidade básica de saúde. Isso desafoga nossos hospitais que estão com maior demanda pela própria sazonalidade, pelo tempo mais propício para adoecimento principalmente de crianças. Se, obviamente, forem sintomas mais intensos, as unidades de pronto atendimento e as unidades hospitalares da nossa rede, que atuam como porta de urgência e emergência, estão à disposição para prestar a assistência” orienta.
A principal porta de entrada do usuário na rede municipal de saúde é a Atenção Básica com as Unidades de Saúde da Família (USF), onde a população tem acesso a atividades e serviços individuais e em grupo, além de consultas médicas, odontológicas, enfermagem, pré-natal, acompanhamento de criança, entre zero e dois anos, atendimento de crianças, adolescentes e idosos, hipertensos, diabéticos, tuberculose, hanseníase, coleta de exames citológicos e de análises clínicas, curativos, vacinação, farmácia, planejamento familiar.
Pessoas com sintomas de gripe, tontura, dor abdominal, mal-estar, diarreia, vômito e conjuntivite devem ir à Unidade de Saúde mais próxima de sua casa para atendimento. Nas unidades também é prestada assistência para casos hipertensão, diabetes, gestantes com as consultas do pré-natal e obesidade.
Atualmente, a rede de atenção básica conta com 93 prédios de USFs e 203 Equipes de Saúde da Família (ESF) onde cada grupo é composta por médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem, dentista, auxiliar de saúde bucal, agentes comunitários de saúde. Com esse quantitativo, a estratégia de saúde da família tem uma cobertura de 94,31% do território da Capital e, realiza, em média, 23 mil atendimentos por mês.
“É importante destacar que, se na Unidade de Saúde for constatada a necessidade de uma atenção especializada, o usuário será encaminhado a uma unidade de apoio especializada para ser acompanhado de forma ampliada. Na Capital, esses atendimentos acontecem através das Policlínicas Municipais”, destaca a diretora de atenção à saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Alline Grisi.
UPA – Já na assistência pré-hospitalar estão inseridas as Unidades de Pronto Atendimento (UPA), que são unidades de urgência e emergência para serviços de média a alta complexidade, sendo um ‘meio-termo’ entre as unidades de saúde e os hospitais. O atendimento é realizado de acordo com a classificação de risco, priorizando a gravidade dos casos.
A rede municipal de saúde dispõe de quatro UPAs localizadas nos bairros de Manaíra, Valentina, Cruz das Armas e Bancários. Essas unidades atendem 24 horas e, juntas, possuem 65 leitos de estabilização, divididos em ala verde, amarela e vermelha realizando mais de 1.200 atendimentos.
“A pessoa deve procurar a UPA em casos como problemas de pressão, corte com pouco sangramento, queda com torção e muita dor, queda com suspeita de fratura, febre alta, cólicas renais, intensa falta de ar, convulsão, dores no peito e vômito constante. As unidades contam com serviços de raio-X, eletrocardiografia, pediatria, laboratório de exames e leitos de observação e ainda colaboram para a diminuição das filas nos prontos-socorros dos hospitais”, destaca a diretora de atenção à saúde da SMS.
Atendimento nas UPAs – As unidades de pronto atendimento mantêm pacientes em observação, por até 24 horas, para elucidação diagnóstica ou estabilização clínica, encaminhando aqueles que não tiveram suas queixas resolvidas com garantia da continuidade do cuidado para internação em serviços hospitalares.
As UPAs estão diretamente conectadas ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192), à rede hospitalar de João Pessoa e à diretoria de regulação, que fica de sobreaviso para os encaminhamentos aos hospitais e serviços conveniados.