Na Paraíba quase todos os políticos agem como a mulher de César. De que adianta aparecer para o público como a fina flor da moralidade e na calada da noite, praticam os mais feios atos contra a própria sociedade?
Os governantes, honestos, precisam agir com honestidade. A origem da frase surgiu em Roma, envolvendo o homem mais poderoso do mundo, sua mulher e um nobre pretendente. Numa noite fria e na ausência de Julinho, o urso Clódio resolveu entrar no palácio disfarçado para pegar Pompeia, esposa de Julinho. Clódio se perdeu pelos corredores, deu águia, foi descoberto e preso.
Levado ao TJ da época, o ursinho foi julgado e absolvido, contando com a ajuda do suposto corno da história, digo, Julinho, o César. Julinho perdoou entre aspas, pois olhando nos olhos da sua ex, disparou a seguinte frase que se tornou provérbio: “À mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta”.
Assistam ao vídeo abaixo. O lugar é a penitenciária Flósculo da Nóbrega, conhecido como Presídio do Roger. O horário que a nobre visitante entra, escoltada e protegida, é durante a madrugada. Disfarçadíssima. Chapéu, vestes pretas, a beldade cruza o hall de entrada sem se identificar para ninguém.
Não é uma advogada. Não é uma juíza. Não é uma promotora. É uma mulher. Uma poderosa mulher. Uma indecifrável mulher. Poderosa sim, pois ninguém de carne e osso tem autorização para entrar naquele presídio, tarde da noite, sem ser incomodada, pela porta da frente, protegida até pela guarda.
Saibam vocês que ninguém pode entrar no Róger durante a noite. Nem mesmo o excelentíssimo senhor governador Ricardo Coutinho, pois o visitante precisa fazer um cadastro, precisa ser parente de até 2º grau (pai, mãe, avós, irmãos, filhos, netos) e do cônjuge ou companheira cujo vínculo afetivo seja comprovado, desde que eles estejam no “rol de visitas” apresentado pelo próprio preso à Administração Presidiária. As visitas acontecem durante o dia, jamais na madrugada como no vídeo abaixo.
Isso tudo é imoral! A poderosa mulher entra na calada da noite e com a facilidade dos agentes. Quem é essa mulher? Alguém tem que contar esta história, tim-tim por tim-tim!