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TCE vai investigar farra nas contratações de shows por prefeituras paraibanas durante festejos juninos

Conforme o Click PB​ noticiou ontem que a Prefeitura de Ouro Velho​, vai gastar o total de R$ 547.500 em dois dias de festa de São João no mês de junho

TCE vai investigar farra nas contratações de shows por prefeituras paraibanas durante festejos juninos

Fernando Catão, revelou durante a Sessão Ordinária do Tribunal que foi procurado — Foto:Click PB

O São João, é sem dúvida a festa popular mais tradicional do Nordeste. No entanto, nos últimos dois anos, devido a pandemia do Covid-19, a festa foi suspensa nas cidades nordestinas. Em 2022 há uma grande expectativa em relação ao retorno da festividade, entretanto a prefeitura do Recife já cancelou as festividades juninas já foram canceladas devido a situação de calamidade provocada pelas chuvas.

Na contramão dessa situação, pequenas cidades já anunciaram festas com atrações cujos cachês impactam de maneira significativa o orçamento desses municípios.

O presidente do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, o conselheiro Fernando Catão, durante a Sessão Ordinária do Tribunal realizada na manhã desta quarta-feira (1) afirmou que foi procurado no dia de ontem (31) por moradores da cidade de Ouro Velho queixando-se sobre as contratações de artistas por parte do prefeito para festas no município por valores considerados exorbitantes. 

Conforme o Click PB noticiou na última segunda-feira que a Prefeitura de Ouro Velho, vai gastar o total de R$ 547.500 em dois dias de festa de São João no mês de junho. Os shows estão marcados para acontecer nos dias 7 e 8 de junho, terça e quarta-feira, respectivamente.

Com base nessas informações o Tribunal vai emitir um ofício recomendando à Prefeitura de Ouro Velho e posteriormente a outras prefeituras, que revejam essas contratações. “Vamos trabalhar junto com o Ministério Público no sentido de fazer o gestor refletir sobre gastar um milhão de reais com bandas e shows. O nosso São João deve ser preservado, mas devemos ter parcimônia”, ponderou.

Ele disse que não faz sentido que um gestor gaste R$ 500 mil reais em obras por ano, mas pague um milhão de reais por um show. Ele lembrou ainda que existem municípios sob estado de calamidade publica nesse momento. Para Catão, o Tribunal não pode dizer as prefeituras quem elas podem ou não contratar, mas que elas precisam respeitar o principio da razoabilidade.

Nos últimos dias os cachês pagos por pequenos municípios a cantores sertanejos tem sido muito questionados. A polêmica começou ao ser divulgada a informação de que uma cidade no interior de Minas Gerais pagaria mais de um milhão de reais por uma apresentação do cantor Gustavo Lima. A cidade tem população estimada de 17.438 pessoa e para este ano, o orçamento previsto pela prefeitura é de R$ 689 milhões.

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