Uma operação no Ceará na manhã desta terça-feira (26) mira um grupo responsável pela emissão de falsos alvarás judiciais para transferências altos valores e lavagem de dinheiro contra um grupo que atua no Nordeste e no Norte do Brasil.
A ação é da polícias civis do Amazonas e do Ceará com a Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência do Ministério da Justiça, por intermédio do Laboratório de Operações Cibernéticas.
A Operação “Attornatus Falsus” cumpre 48 mandados judiciais, sendo 20 de prisão preventiva e 28 mandados de busca e apreensão domiciliar nas cidades cearenses de Fortaleza, Maracanaú e Pacatuba.
A operação também cumpre bloqueio judicial de 184 contas bancárias ligadas aos investigados.
Até às 7h30, os agentes já haviam apreendido documentos, equipamentos tecnológicos e dinheiro, que auxiliarão na continuidade das investigações,
O esquema
Segundo a investigação, a organização criminosa atuava por meio de um esquema sofisticado, criando alvarás judiciais falsificados que simulavam ordens legais para transferências financeiras fraudulentas, direcionadas a contas controladas pelo grupo. Posteriormente, os valores eram lavados por meio de operações financeiras complexas, dificultando o rastreamento dos recursos.
Os investigados, todos do Ceará, se passavam por advogados verdadeiros do Amazonas, entravam em contato com as vítimas (que tinham processos de precatório em andamento) e se diziam advogados sob o argumento de que conseguiriam a liberação dos alvarás. Contudo, “para liberarem os alvarás” pediam dinheiro pelo serviço. Por isso que o golpe é conhecido como fraude do “Falso Alvará Judicial”.
Os investigados poderão responder pelos crimes de estelionato qualificado pela fraude eletrônica, organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas podem atingir até 26 anos de prisão e multa.
CNN