Comentar os desdobramentos da política paraibana nos dias atuais tornou-se praticamente a arte do impossível. Sabe-se apenas que o povo, principal tecido político/social, foi transformado em farofa de churrasco aonde todos só querem passar a lingüiça.
Cadê as propostas para tirar a Paraíba do atraso a que foi submetida? Por onde anda os projetos de governo? Nenhum absolutamente nenhum dos supostos candidatos ao governo do estado tem. A ‘renhida’ disputa é apenas pelo poder.
Traição, conchavos, acordo nebulosos estão em moda. Na Paraíba, a prática dos políticos que ‘minha’ mentira termina quando começa a tua, se tornou regra. Nesse malarrumado saco de gatos, estão aqueles que, não ao sabor dos ventos, mas por interesse puramente mercantilistas migram de legenda. A ‘muda’ de onde tudo provêm, é o alvo.
Na corrida dos desesperados pelo Palácio da Redenção, o prefeito de João Pessoa – mais uma deformidade do PT – saiu na frente. Assimilou a política do Lulismo mesquinho: esmola para a massa e as burras cheia para os financiadores de campanha.
Já o governador José Maranhão (PMDB) já não consegue esconder que faz parte do seleto “coronelato’ paraibano. É, acima de tudo, um político de muita sorte. Governa o estado em sua terceira versão tendo vencido, nas urnas, apenas uma. Nas outras duas, o poder lhe caiu nas mãos.
Na primeira, como vice, substituiu o titular Antonio Mariz, cuja morte já era anunciada ainda em campanha. Na terceira, foi beneficiado por uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral que cassou Cássio Cunha Lima por compra de votos. A prática não é de apenas um lado.
Nessa soma toda, restou apenas Cícero Lucena que se defende como pode das estocadas de “aliados” e do fogo amigo. Não há como não reconhecer a bravura do presidente estadual do PSDB, mas o tempo se apresenta como padrasto.
A tática do silêncio adotada pelo senador funcionou até que entrasse em cena as novas personagens do jogo. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer, recomenda o poeta. Na linha deste raciocínio deve se lançar mão do plano B se houver. É bom lembrar que resistência tem limite.
LUCENA X GUERRA
O senador Cícero Lucena foi o convidado especial do presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, que retornou na tarde de quarta-feira (7) para Recife, cidade em que reside.
Os dois conversaram animadamente, mas a meia boca. O bate-papo se estendeu pelos quase 2 mil km percorridos pelo jatinho particular de Guerra.
MPF X MPPB
O Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual estão empatados no quesito morosidade.
Ambos, apesar de cobrados quase que semanalmente, sobre os resultados das investigações do processo de licitação da Merenda Escolar de João Pessoa e do suposto uso da verba da educação na construção no Estação Ciência, fazem ouvidos de mercador.
Enfim, o MPF e MPPB apuraram alguma coisa ou não. A sociedade cobra respostas.
MARROCOS E BIRA X RICARDO
O cordão umbilical dos vereadores Bira e Sandra Marrocos com o prefeito Ricardo Coutinho por pouco não sofreu uma ruptura.
Depois de comentarem publicamente o que não deviam sobre os rumos do processo sucessório de 2010, ambos foram retrucados com crueza pelo prefeito.
A bronca foi sentida. Quem observou disse que a dor foi tanta só comparada a beliscão de mãe. Não tem dor mais doída.